
Tóquio: governo se prepara para forte terremoto nas próximas décadas (ilustrativa/banco de imagens)
Um poderoso terremoto, com alta probabilidade de ocorrer sob Tóquio e áreas próximas nas próximas décadas, poderia matar até 18 mil pessoas, com dois terços das mortes estimadas causadas por incêndios, revelou um painel governamental nesta sexta-feira (19).
Contudo, a estimativa mais recente, feita com base em um terremoto de magnitude 7,3 atingindo a área metropolitana, é 5 mil mortes a menos do que o cálculo anterior de 2013.
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Isso reflete um aumento no número de edifícios preparados para sismos e nas medidas de prevenção de incêndios em distritos densamente povoados com muitas casas de madeira.
Para comparação, houve 15,9 mil mortes relacionadas ao terremoto de magnitude 9 e ao tsunami que devastaram o nordeste do Japão no dia 11 de março de 2011.
Impacto econômico e planejamento governamental
As perdas econômicas decorrentes da destruição de fábricas e da redução da produção, por sua vez, são projetadas em ¥82,6 trilhões ($530 bilhões) no pior cenário, uma queda de cerca de ¥13 trilhões em relação à estimativa anterior.
O governo planeja atualizar sua preparação para desastres em caso de um terremoto terrestre em Tóquio e fortalecer os esforços para reduzir os danos e manter as funções governamentais essenciais sob uma nova agência de gestão de desastres a ser lançada no ano fiscal de 2026.
O governo estima uma probabilidade de cerca de 70% de um terremoto de magnitude 7 ocorrer sob a metrópole nos próximos 30 anos. O cenário assume que o epicentro estaria na área centro-sul de Tóquio, onde a infraestrutura central da capital seria a mais atingida.
Cenários de risco e consequências na infraestrutura
O pior cenário envolve o terremoto atingindo em uma noite de inverno com ventos de 28,8Km/h. As fatalidades são esperadas em Tóquio e em quatro províncias próximas, com 8 mil mortes, ou mais de 40% do total, projetadas apenas em Tóquio.
Até 402 mil edifícios poderiam desabar ou queimar, uma redução de cerca de 210 mil em relação à estimativa anterior, com o número de evacuados podendo aumentar gradualmente para 4,8 milhões após duas semanas.
Pela primeira vez, a projeção também incluiu estimativas de mortes ligadas a pessoas forçadas a viver em abrigos de desastre, situando-as entre 16 mil e 41 mil.
Desafios de mobilidade
No caso de um terremoto em um dia de semana ao meio-dia, um número estimado de 8,4 milhões de pessoas em Tóquio e nas quatro províncias vizinhas – Chiba, Kanagawa, Saitama e Ibaraki – não conseguiriam retornar às suas casas. Um adicional de 650 mil a 880 mil visitantes nas áreas, incluindo turistas estrangeiros, também poderiam ficar retidos.
Em uma estimativa separada do painel sobre um terremoto de magnitude 8 ao longo da Fossa de Sagami, ao sul da capital, o número de mortos foi reduzido de 70 mil para 23 mil.
Embora a probabilidade de tal terremoto ocorrer em um futuro próximo seja considerada baixa, o número de potenciais vítimas é maior do que no cenário de terremoto terrestre em Tóquio devido ao alto risco de tsunami e à necessidade de operações de resgate cobrirem uma área muito mais ampla.
Fonte: MN







