Desde o começo real das tecnologias de VR e AR (Realidade Virtual e Realidade Aumentada) em 2016, podemos observar que as estratégias de vendas das grandes empresas do ramo e a visão sobre o crescimento destas tecnologias começou a mudar.
Novas especulações dizem que, em 2021, o principal do mercado de VR e AR seria voltado para mobile e atingirá $108 bilhões. E, dentro desse número, espera-se que $83 bilhões seja gerado pela AR e $25 pela VR.
Os problemas do AR
Após o sucesso do Pokémon GO, o CEO da Apple Tim Cook falou: “Estamos apaixonados pelo AR e, a longo prazo, desejamos continuar os investimentos no mercado AR. O AR esconde a possibilidade de se tornar um grande mercado”. Grandes empresários como Mark Zuckerberg do Facebook e Satya Nandella da Microsoft admitem que o primeiro vencedor do mercado AR é o Pokémon GO.
Entretanto, a tecnologia AR precisa resolver 5 problemas:
- Hero Devices (um termo que aponta devices com a qualidade como os produtos da Apple)
- Bateria que dura 1 dia inteiro
- Transmissão de dados mobile
- Ecossistemas de aplicativos
- Custo dos devices pelas empresas de comunicação
Um aparelho que resolve 4 destes 5 problemas é o smartphone. Os smartphones possuem uma bateria duradoura, transmissão de dados mobile, ecossistemas de aplicativos e custos dos devices pelas empresas de comunicação. Provavelmente uma grande parte dos leitores estão lendo esta notícia em um smartphone (iPhone e smartphones Android como os aparelhos da Samsung) e/ou possuem instalado o Pokémon GO.
De graça após a compra
A indústria dos mobiles dos países desenvolvidos está em uma situação estável e existem muitos usuários que trocam de aparelho constantemente. Entretanto, esse ciclo de troca de aparelhos está crescendo a cada ano e a Apple e a Samsung estão enfrentado alguns problemas em inovação.
A Apple comprou a Metaio, a empresa pioneira em realidade aumentada, e está desenvolvendo “secretamente” um novo projeto para seus produtos. A Samsung disse que está desenvolvendo uma realidade aumentada que será tão real que parece ser tocável.
Mesmo nestas situações, a maior vantagem do consumidor é não precisar comprar algo novo. As inovações virão nos modelos mais recentes das empresas. Basta comprar os novos modelos e usufruir do futuro da realidade aumentada e/ou virtual, como é o caso do Gear VR da Samsung.
No final das contas, como a indústria AR e VR vai ficar?
O Facebook comprou a empresa Oculus por $2 bilhões e realizou um investimento de $500 milhões na empresa, tornando-se a maior investidora no mercado VR e AR do mercado. A empresa resolveu dividir o Oculus para mobile e PC e anunciou cada plataforma separada. Espera-se que o Facebook construa serviços VR para os negócios AR e VR e até criar outras startups.
Mesmo após os acidentes do Galaxy Note 7, a Samsung pretende se tornar o maior jogador no mercado VR para mobile. Porém, como o Facebook controla o app store do Gear VR, e será difícil observar um sistema completo criado pela Samsung.
A Apple, com a aquisição do Metaio, quer realmente entrar no mercado de VR e AR. Porém, como seu avanço não será muito aberto, especula-se que a empresa produza um smartphone com AR ainda este ano.
Após o fracasso do Google Glass, a Google começou a tomar outro caminho. A empresa desenvolveu o Daydream View de baixo custo para pessoas comuns usufruírem da tecnologia. Além disso, a empresa possui o Tango, um smartphone que consegue criar plantas 3D e possui MR (realidade mista). A Google está no estágio final da revolução AR.
A Microsoft também entrou na “guerra”. Com o HoloLens, a empresa criou um smartglass que mistura em nosso dia a dia hologramas (porém o preço é exorbitante), entretanto até o óculos inteligente entrar no mercado irá demorar um bom tempo. Além disso, há a grande probabilidade de a empresa lançar o Windows VR para o Xbox One Scorpio.
De qualquer forma, as realidades aumentadas e virtuais farão parte do mercado de tecnologia.
Fonte: Techcrunch