Número de trabalhadores estrangeiros no Japão ultrapassa 1 milhão

O Japão enfrenta sua pior escassez de trabalhadores desde 1991 e dependendo cada vez mais dos trabalhadores estrangeiros.

Imagem ilustrativa

O número de trabalhadores estrangeiros no Japão ultrapassou a marca de 1 milhão pela primeira vez no ano passado, enquanto o país que enfrenta a pior escassez de mão de obra desde 1991 se esforça para encontrar um número suficiente de trabalhadores japoneses.

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Um pouco mais de 1 milhão de estrangeiros de países como a China e Vietnã estavam trabalhando no Japão desde outubro de 2016, mostraram dados do Ministério do Trabalho na sexta-feira (27).

O número aumentou 20% em relação ao ano anterior e é um novo recorde pelo quarto ano consecutivo.

De acordo com a reportagem do Asahi, os números mostram que o Japão está cada vez mais se voltando aos trabalhadores do exterior para compensar a falta de mão de obra, apesar de sua relutância em aceitar estrangeiros.

O Japão enfrenta sua pior escassez de trabalhadores desde 1991

O Japão enfrenta sua pior escassez de trabalhadores desde 1991 em meio ao encolhimento e envelhecimento populacional, o que levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a pedir ao país que aceite estrangeiros para impulsionar o crescimento econômico.

O Primeiro-Ministro Shinzo Abe disse que o país deveria colocar mais mulheres e idosos japoneses na força de trabalho antes de aceitar imigrantes, mas legisladores estão explorando maneiras de trazer mais trabalhadores estrangeiros sem chamar a ação de “imigração.”

Em dezembro passado, o governo expandiu o âmbito de um sistema para aceitar trabalhadores aprendizes de países em desenvolvimento, enquanto também cria um novo status de visto para enfermeiras e cuidadores.

O governo também visa atrair estrangeiros altamente qualificados, como pesquisadores acadêmicos, ao facilitar o caminho para a residência permanente.

A escassez de trabalho é principalmente severa no setor da construção, onde a demanda aumentou com a proximidade das Olimpíadas de Tóquio em 2020 e para a reconstrução de áreas afetadas pelo terremoto e tsunami de 2011.

Trabalhadores da China contabilizaram mais de 30% da força de trabalho estrangeira

Trabalhadores da China contabilizaram mais de 30% da força de trabalho estrangeira, aumentando 6.9% em relação ao ano anterior, cita o Asahi.

Os vietnamitas ficaram em segundo lugar, contando por cerca de 16% do total de trabalhadores estrangeiros, mas uma alta de mais de 50% em comparação ao ano anterior.

Uma investigação realizada pela Reuters no ano passado mostrou como os solicitantes de asilo, alguns dos quais são proibidos de trabalhar, estão se engajando em projetos públicos em meio a uma escassez de trabalhadores japoneses na área na construção.

O sistema de estágio técnico, cujo objetivo é treinar aprendizes estrangeiros para que eles possam levar habilidades a seus países de origem, é geralmente usado por empresas que enfrentam escassez de mão obra para assegurar trabalhadores. O programa vem sendo há muito tempo criticado pela Organização de Direitos Humanos e pelo Departamento de Estado dos EUA por casos de abuso, incluindo horas extras ilegais e salários não pagos.

Cerca de 20% dos trabalhadores estrangeiros eram aprendizes desde outubro do ano passado, mostraram dados do ministério, aumentando em mais de 25% em comparação ao ano anterior.

Fonte: Asahi
Imagem: Bank Image

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Aumento do número de trabalhadores brasileiros no Japão, mais de 100 mil

Publicado em 28 de janeiro de 2017, em Comunidade

O número de trabalhadores brasileiros no Japão passa de 100 mil, mas caiu no ranking geral dos estrangeiros. Peruanos continuam estáveis. Confira os dados.

boa parte dos estrangeiros trabalham em empresas ou indústrias de pequeno porte

O Ministério do Trabalho, Saúde e Bem Estar publicou as últimas estatísticas sobre os trabalhadores estrangeiros no Japão, na sexta-feira (27). Esses dados foram finalizados em outubro do ano passado.

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As estatísticas mostram o ranking dos maiores grupos de trabalhadores estrangeiros no arquipélago:

    1. Chineses: 344.658
    2. Vietnamitas: 172.018
    3. Filipinos: 127.518
    4. Brasileiros:  106.597
    5. Nepaleses: 52.770

Os grupos que mais cresceram em relação ao ano anterior (2015) foram os vietnamitas (56,4%) e nepaleses (35,1%). Em relação ao aumento dos trabalhadores brasileiros, o percentual foi de pouco mais de 10% (10,3). Esses dados são de trabalhadores contratados de todas as formas: regular, haken, ukeoi, arubaito e part time.

As províncias que mais empregam estrangeiros são:

  1. Tóquio: 333.141, equivalente a 30% da mão de obra estrangeira
  2. Aichi: 110.765, equivalente a 10%
  3. Kanagawa: 60.148, equivalente a 6%
  4. Osaka: 59.008, equivalente a 5,4%
  5. Shizuoka: 46.574, equivalente a 4.3%

Em relação aos números de pessoas estrangeiras empregadas nessas províncias, todas apresentaram aumento, variando de 15 a 20%.

Houve um aumento considerável de empresas que empregam estrangeiros – 20.537 locais, 13,5% a mais em relação ao ano anterior.

Os dados mostram que 57% das empresas empregadoras têm até 30 funcionários, as quais empregam 34% da população de mão de obra estrangeira. Se somar com as de até 100 funcionários, essa fatia aumenta para 52%. Ou seja, a grande maioria trabalha em empresas e indústrias de pequeno e médio porte. As grandes, com mais de 500 funcionários representam apenas 20%.

Trabalhadores brasileiros e peruanos

brasileiros e peruanos preferem a indústria da transformação, enquanto asiáticos trabalham em todos os setores

Conforme descrito acima, o número de trabalhadores brasileiros ultrapassou a casa dos 100 mil, enquanto o dos peruanos continua estável. Eles são 26.072 e representam 2,4% da fatia do bolo.

Segundo os dados, 99,2% dos brasileiros são qualificados com o visto de permanência de nikkei. O número de trabalhadores sulamericanos com visto de residência permanente é grande: 50% dos brasileiros e 65% dos peruanos.

Metade dos brasileiros e peruanos trabalham em indústrias de transformação, segundo as estatísticas.

Diferentes dos trabalhadores asiáticos, os brasileiros e peruanos podem permanecer no Japão por longo período. Os asiáticos trabalham no país com vistos de estagiário técnico, estudante ou de especialidade técnica.

Trabalhadores brasileiros via haken e ukeoi

A maioria deles –  54.4% dos brasileiros e 44.7% dos peruanos – são apresentados para as indústrias e empresas através das chamadas empreiteiras (haken) ou “ukeoi”.

Em média, 10% das vagas para estrangeiros em todo o país são preenchidas pelas empreiteiras e “ukeoi”. Nas províncias que mais possuem trabalhadores estrangeiros como Tóquio há 4.514 empresas do tipo empreiteira, Aichi há 2.048, Kanagawa 1.131, Shizuoka 1.230, Fukuoka 426, como exemplo. No país são 16.389 “empreiteiras” que garantem as vagas de 237.542 trabalhadores.

O universo de mais de 1 milhão de trabalhadores estrangeiros está empregado em 172.798 empresas espalhadas por todo o arquipélago.

 

Fonte: MHLW
Imagem ilustrativa: Social Hokkaido 

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