Japão inicia discussão sobre a regulamentação das horas extras

O governo japonês apresentou proposta sobre o limite das horas extras, com vista a reduzir a morte por excesso de trabalho. Compreenda o assunto.

ANN

Na “Conferência para Implementação das Reformas dos Estilos de Trabalho”, realizada em 1o. deste mês, no gabinete do Primeiro-Ministro Shinzo Abe, com convidados de vários setores da economia e representantes dos trabalhadores, foram iniciadas as discussões sobre o limite das longas horas extras.

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A proposta do governo foi de “720 anuais ou média de até 60 horas extras mensais, podendo estendê-las por até 100 horas nos meses de necessidade”, abrindo uma tolerância. O governo demonstrou interesse em firmar sua proposta na próxima conferência a ser realizada em 14 deste mês, com alterações, depois de ouvir diferentes opiniões.

O presidente dessa conferência, o próprio Primeiro-Ministro, disse querer estabelecer um padrão para evitar as mortes por excesso de trabalho (karoshi), assegurando a saúde do trabalhador, colocando um teto máximo para as horas extras. Abe disse que pretende discutir sob vários aspectos o equilíbrio trabalho-vida, como a perspectiva oferecer facilitações para o trabalho das mulheres e idosos.

Limite de 720 horas extras anuais

Ele demonstrou interesse em obter a finalização desse planejamento até o final de março deste ano e, tudo indica que pretende seguir em frente com o limite de 720 horas extras anuais ou 60 mensais, o que fica fora da zona de risco apontada pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar para o karoshi. O ministério aponta que o risco de karoshi ocorre quando a média de horas extras do mês é de 100 ou quando a média de 2 a 6 meses é de 80 horas.

Opinião sobre horas extras se divide

O governo pretende aplicar pena às empresas que infringirem o limite de horas extras. Nesse aspecto parece que houve concordância dos participantes. No entanto, em relação ao limite das horas extras, a opinião ficou dividida em duas.

Os empresários e representantes dos setores econômicos demonstraram concordância com o projeto do governo, mas os representantes dos trabalhadores solicitaram a redução desse limite de horas extras, segundo o noticiário da ANN.

Sankei News

Fontes e fotos: ANN e  Sankei News

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Economia do Japão está se recuperando mas de olho em Donald Trump

Publicado em 2 de fevereiro de 2017, em Notícias do Japão

Economia do Japão está se recuperando, liderada por exportações de carros e peças eletrônicas, mas as políticas de Trump preocupam. Veja mais.

Imagem ilustrativa

É provável que a economia japonesa cresça a um ritmo moderado, de cerca de 1% ao longo do ano fiscal de 2017, liderada por exportações vigorosas de carros e peças eletrônicas, enquanto a economia global continua se recuperando.

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Onze institutos de pesquisa privada ofereceram projeções com base em indicadores econômicos para dezembro de 2016. O real produto interno bruto do Japão (PIB) para o período de outubro a dezembro, que será divulgado pelo Escritório do Gabinete no dia 13 de fevereiro, provavelmente mostrará um aumento anualizado de 1% pelo quarto ano consecutivo de crescimento. Graças a uma recuperação global da demanda por tecnologia da informação, as exportações de peças eletrônicas, como aquelas para smartphones, poderão aumentar.

A previsão é de que a produção industrial aumente 3% no mês em janeiro e 0.8% em fevereiro, de acordo com um índice sobre projeções de produção do Ministério do Comércio do Japão. Auxiliado por exportações sólidas, o crescimento do PIB real provavelmente ficará entre 1% e 1.5% na primeira metade de 2017, acima do índice de crescimento potencial de cerca de 0.8%.

Ainda falta força na demanda doméstica, mas há sinais de melhoria. Os gastos dos consumidores no Japão caíram em dezembro pelo 10º mês consecutivo.

O índice de desemprego e a proporção de oferta de trabalho e candidato atingiram níveis vistos pela última vez no final da bolha econômica do Japão, em 1991, e o aumento no número de funcionário que trabalham a tempo integral ultrapassou o crescimento de trabalhadores não permanentes.

A economia do Japão pode ser influenciada pelas políticas da administração de Trump

Contudo, a economia pode ser influenciada pelas políticas da administração de Trump. Por um lado, é provável que a redução de impostos e investimento em infraestrutura prometidos pelo presidente durante a campanha eleitoral impulsionem a economia americana a curto prazo, beneficiando por sua vez a economia global e o Japão.

Mas, por outro lado, o governo dos Estados Unidos se comprometeu a colocar a “América em primeiro lugar”, interferindo mais em empresas individuais como as montadoras. Se o comércio entre a China e o México estagnar, isso pode reduzir indiretamente as exportações japonesas para as nações emergentes, cita o Nikkei.

Se o protecionismo também se espalhar pela Europa, o comércio global poderia ir ao declínio. “Enquanto esperamos uma recuperação constante da economia global, incertezas extremas persistem,” disse Yoshiki Shinke, economista do Instituto de Pesquisa Dai-Ichi Life.

Fonte: Nikkei
Imagem: Bank Image

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