Carne fraca: ministério suspende exportação de 21 frigoríficos investigados

Até o momento, a União Europeia, a Coreia do Sul, a China e o Chile oficializaram a suspensão das importações do produto brasileiro.

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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse na segunda-feira (20) que seria um “desastre” a restrição à carne brasileira pelo mercado internacional.

Até o momento, a União Europeia, a Coreia do Sul, a China e o Chile oficializaram a suspensão das importações do produto brasileiro. Os países aguardam esclarecimentos do governo brasileiro sobre a Operação Carne Fraca, deflagrada sexta-feira (17) pela Polícia Federal.

“[A restrição seria] um desastre. Com toda certeza, um desastre, porque a China é um grande importador nosso. A Comunidade Europeia, além de ser o nosso segundo ponto de importação, é também o nosso cartão de visitas”, ressaltou o ministro, em entrevista à imprensa.

Segundo a denúncia da Polícia Federal, o esquema criminoso envolve empresários do agronegócio e fiscais agropecuários que facilitavam a emissão de certificados sanitários para alimentos inadequados para o consumo.

O ministro anunciou a suspensão da licença de exportação de 21 plantas de frigoríficos sob investigação na operação, mas afirmou que continuará a permitir a venda dos produtos no mercado interno. Maggi destacou que as medidas dentro do país são mais brandas porque há controle rígido dos procedimentos, com base na legislação, que protege o consumidor brasileiro. “No mercado interno, temos mais controle.”

Segundo o ministro, a preocupação com o mercado externo se deve à dificuldade de reabertura caso haja alguma medida mais rígida. “Uma vez que haja o fechamento de um mercado desses, para reabrir, serão muitos anos de trabalho.

Demais países

O ministro disse acreditar que o Brasil pode receber pedidos de esclarecimento de cerca de 30 países sobre as suspeitas levantadas pela Operação Carne Fraca. Este é o total de países que importam a carne brasileira.

Segundo Maggi, a União Europeia suspendeu a entrada, nos países que compõem o bloco, de carne de quatro frigoríficos sob investigação na operação. “A Comunidade Europeia já comunicou oficialmente que não tomará nenhuma atitude contra o Brasil, a não ser sobre as 21 plantas que estão sob suspeita sendo investigadas.”

O governo do Chile também enviou comunicado anunciando a suspensão da carne brasileira. Maggi afirmou ainda não ter conhecimento do nível de restrição ao produto nacional, mas disse que pode retaliar o país vizinho caso as sanções sejam muito duras. Na Coreia do Sul, a medida restringiu apenas a entrada dos produtos do frigorífico BRF.

Maggi informou também que o Egito comunicou a pasta sobre a possibilidade de suspender as compras de carne brasileira e que a Rússia observa a reação da União Europeia para decidir o que fazer.

Ainda de acordo com ministro, não há restrição de embarque da carne brasileira para o mercado externo. As inspeções nos frigoríficos devem ser realizadas em três semanas, prazo em que o governo espera ter esclarecido todas as dúvidas levantadas na Operação Carne Fraca.

“É claro que as empresas têm que ter ciência deste momento. Eu, particularmente, se fosse uma empresa dessas, não faria embarque até uma definição final do que vai acontecer”, disse. Segundo o ministro, o governo já está coletando amostras de produtos dos envolvidos na operação. “Se detectarmos algum problema, vamos recomendar a suspensão e o recolhimento desses produtos”, garantiu.

O setor de carne movimenta cerca de US$ 15 bilhões por ano. Desse total, 30% representam o total em importações do produto brasileiro. “Significa muito dinheiro nisso, por isso a nossa atenção em não deixar acontecer [uma interrupção]. Não estamos só preocupados com a balança comercial, isso é um ponto, mas esse setor emprega 6 milhões de pessoas”, ressaltou Maggi.

Via Agência Brasil
Imagem: Bank Image

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Farmácias no Japão a caminho de ultrapassar as lojas de departamento em vendas

Publicado em 21 de março de 2017, em Economia

Para as farmácias, o crescimento das vendas é o mais rápido desde o ano fiscal de 2008. Veja mais.

Para as farmácias, o crescimento das vendas é o mais rápido desde o ano fiscal de 2008 (Imagem ilustrativa: Flickr/Nan-Cheng Tsai)

As vendas em farmácias no Japão estão prestes a ultrapassar aquelas em lojas de departamento neste ano fiscal.

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As farmácias vão ter em conta ¥6.49 trilhões ($57.1 bilhões), alta de 5.9% em comparação ao ano fiscal de 2015, de acordo com a Associação do Japão de Redes de Farmácias. As vendas aumentaram por 16 anos consecutivos desde 2000, ano de início da pesquisa.

As vendas em lojas de departamento, provavelmente, vão ter uma queda de 2.9%, totalizando ¥5.97 trilhões, mostram números da indústria.

Para as farmácias, o crescimento das vendas é o mais rápido desde o ano fiscal de 2008. As vendas de produtos médicos poderão ter um aumento de 6.2%, totalizando ¥2.08 trilhões neste ano fiscal. As vendas de cosméticos aumentarão 5.4%, para ¥1.36 trilhões, seguidas por produtos de uso diário, alta de 5.2%, a ¥1.38 trilhões.

Contudo, os medicamentos prescritos são o maior condutor, com as vendas crescendo 9.6%, totalizando ¥784.9 bilhões. Farmácias se viram recebendo 10.7% dos gastos de medicamentos prescritos no ano fiscal de 2016, alta de 7% em comparação ao ano ano fiscal de 2008. A associação vê a participação expandindo a cerca de 50%.

A demanda de turistas estrangeiros também está proporcionando um impulso. As compras feitas por visitantes do exterior mudaram de itens de luxo para cosméticos e produtos de uso diário, facilmente encontrados em farmácias.

As lojas de departamento não só perderam o tráfego de turistas par as farmácias, mas também passam por uma época difícil visto que as vendas de vestuário diminuíram, principalmente roupas femininas, com 15 meses de queda consecutiva até janeiro.

Fonte: Nikkei
Imagem: Flickr

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