“Um homem de nacionalidade vietnamita, que foi detido em um centro de detenção da imigração, morreu no sábado (25)”, disseram 6 pessoas à Reuters, o que chamou a atenção sobre as condições de tal sistema no país.
O homem morreu no Centro de Imigração do Leste do Japão (East Japan Immigration Center), na província de Ibaraki, de acordo com ativistas (um advogado e um detido mantido na instalação). Dois homens morreram no mesmo local em 2014.
Van Huan Nguyen era uma das mais de 11.000 pessoas em busca de asilo que o país abrigou ao longo de mais de 3 décadas até 2005, na sequência da Guerra do Vietnã, de acordo com duas das fontes.
Não ficou claro por quanto tempo ele estava detido ou o porquê. O vietnamita não tinha parentes no Japão, mas tinha muitos amigos, disse uma das fontes que o conhecia. “Ele era uma pessoa brilhante, divertida”, disse essa fonte, que não se identificou. “Não posso acreditar que ele morreu”, completou.
O Centro de Imigração informou que um guarda havia encontrado um homem vietnamita de aproximadamente 40 anos caído no chão de sua cela no sábado, divulgou o Sankei.
O guarda chamou uma ambulância e o detido foi levado ao hospital, onde sua morte foi confirmada cerca de 1 hora e meia depois, divulgou o Sankei, citando o centro. As autoridades iriam conduzir uma autópsia e investigar a causa da morte.
No domingo não foi possível entrar em contato com o Centro de Imigração e o Ministério da Justiça, que supervisionam as instalações de imigração, para comentários, cita a matéria divulgada no Japan Today.
Deficiências em cuidados médicos e monitoramento no sistema de detenção da imigração
Uma investigação da Reuters conduzida no ano passado sobre a morte de um homem do Sri Lanka em uma instalação diferente em Tóquio revelou sérias deficiências em cuidados médicos e monitoramento no sistema de detenção da imigração.
Desde 2006, dezenas de pessoas morreram enquanto eram mantidas em detenções da imigração, incluindo 4 casos de suicídio.
Alguns detidos são mantidos por meses e até anos sem claro conhecimento de quando serão libertados. Muitos desenvolvem depressão e insônia, disseram detidos e psiquiatras à Reuters.
Fonte: Japan Today