As operadoras disseram que interromperiam os serviços com base em informações fornecidas pelo sistema J-Alert ou Em-Net do governo (imagem ilustrativa)
Cerca de 90% das grandes operadoras ferroviárias do Japão estão preparadas para interromper os serviços no caso de um alerta do governo sobre uma ameaça iminente de um míssil balístico norte-coreano, mostrou uma pesquisa da Kyodo News na terça-feira (9).
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Dentre as 31 principais operadoras entrevistadas, 27 disseram que interromperiam os serviços com base em informações fornecidas pelo sistema de satélite J-Alert ou um sistema de alerta similar chamado Em-Net.
Dessas, 9 disseram que suspenderiam todos os serviços de trem assim que recebessem um alerta de um míssil mesmo se não soubessem onde ele poderia cair.
Primeiramente, o governo emite um alerta de lançamento sob o sistema J-Alert se constatar a probabilidade de um míssil vier em direção ao Japão. Se o governo então determinar que o míssil pode atingir a ilha principal, outro alerta é emitido pedindo à população que se proteja dentro de prédios.
Operadoras intensificaram suas preparações no mês de abril
Muitas operadoras intensificaram suas preparações no mês de abril em meio a uma grave tensão na Península Coreana, com o Norte testando um míssil balístico no dia 29 após vários lançamentos similares, além de preocupação crescente de que o país isolado possa conduzir um sexto teste nuclear.
Na época, a Tokyo Metro foi criticada por suspender os serviços ferroviários com base apenas na divulgação da mídia internacional sobre um lançamento de míssil balístico de Pyongyang.
“Os mísseis norte-coreanos são cada vez mais vistos como uma ameaça real”, disse Seiji Abe, professor da Universidade Kansai especializado em política de transporte. “Se um trem fosse atravessar uma ponte que foi danificada por um míssil, por exemplo, isso causaria um dano secundário ainda maior, então, interromper as operações ferroviárias com base nos sistemas J-Alert ou Em-Net é a escolha certa”.
Enquanto a maioria das operadoras terem dito que levariam em conta as notícias da mídia internacional, nenhuma disse que interromperia seus serviços com base apenas nessas divulgações.
Fonte: Japan Times, Kyodo
Imagem: Bank Image