A brasileira Janaína Yoshioka G. Esperança, 32, reside em Hiroshima desde 2003. Ela já fez muitas viagens internacionais, a maioria sozinha. Mas, na sua última viagem amargou um pesadelo.
Ela embarcou para Hong Kong em 27 de maio deste ano para um passeio de 5 dias, com retorno previsto a Hiroshima em 1º de junho, pela HK Express.
No dia do embarque de volta ao Japão, ela foi ao aeroporto com 2 horas de antecedência, como de costume. Segundo Janaína, não havia uma sinalização clara do local do check-in e os funcionários apenas diziam: “fique na fila e aguarde sua vez”. Quando finalmente foi atendida, o funcionário teria dito que por causa do overbooking não tinha mais assento no voo reservado. Ela pediu, então, que a encaixassem em outro voo e durante cerca de 20 minutos discutiu com os funcionários.
Janaina relata que um supervisor chegou e lhe disse que não havia problemas no overbooking mas ela teria chegado atrasada. Então, o check-in já tinha fechado. E lhe disse que não iria arrumar outro voo, encerrando a conversa, reportou Janaína.
Inconformada, Janaína pegou seu telefone e ligou para um amigo no Japão para que reservasse outra passagem para ela, em outra companhia aérea. Ela acionaria a companhia em outra ocasião, pois naquele momento só pensava em voltar ao Japão. Enquanto passava as informações, aconteceu outro fato: teve sua carteira furtada no aeroporto.
Como ela resolveu o problema sem documentos em outro país
“Pedia informações e ninguém queria ajudar. Todo lugar que eu conversava tinha demora e era mal atendida. Entrei em desespero naquele aeroporto”, desabafa Janaína.
O primeiro passo da brasileira depois do furto, foi procurar a polícia para registrar a queixa e obter um boletim de ocorrência. Com posse desse B.O., dirigiu-se ao Consulado do Brasil em Hong Kong. “Felizmente, eu tinha fotos do passaporte, Zairyu Card, certidão de nascimento, identidade, tudo mesmo”, afirma a precavida brasileira. A sua sorte foi ter os documentos armazenados na nuvem.
Mas ainda tinha um outro problema a resolver: o Zairyu Card. Sem ele não poderia embarcar pois nesse documento consta o visto de permanência. Ela foi em todas as empresas aéreas e explicou seu problema e, finalmente, a HK Airlines consultou o Departamento de Imigração no Japão. Foi com a foto do seu Zairyu Card que conseguiu embarcar. Saiba como fazer isso no último bloco desta matéria.
Ao chegar no Japão foi direto para a Imigração e, com a cópia do seu Zairyu Card, mais o passaporte novo, resolveu a situação. “Fiquei super aliviada. Que diferença de atendimento! Como fiquei feliz por retornar ao Japão depois desta viagem horrível” – exclama Janaína. Seu drama em Hong Kong terminou ao embarcar em 3 de junho com destino a Tóquio, depois voltou de shinkansen para Hiroshima.
No seu retorno, Janaína iniciou uma ação a partir do Japão. Procurou pelo Houterasu (Centro de Apoio Jurídico do Japão) que oferece consulta gratuita com advogado, inclusive aos estrangeiros. Ela está exigindo ressarcimento da passagem na companhia aérea e compensação pelos prejuízos.
“Essa viagem foi um pesadelo, sofri horrores no aeroporto de Hong Kong. Até o hotel que reservei não era nada do que estava descrito no site e nas fotos. Estou relatando meu problema para poder ajudar outras pessoas que podem passar pelo mesmo problema. Ter fotos dos meus documentos facilitou muito”, pontuou Janaína.
“Ter fotos dos documentos facilitou muito”
No boletim de ocorrência da queixa que Janaína registrou na polícia do aeroporto, constava a lista detalhada dos documentos que foram roubados. E essas fotos digitais foram importantes na solicitação da segunda via.
Como no caso de Janaina que foi de furto, as fotos armazenadas em um local seguro são muito importantes, não só em viagens, mas em outras situações como: extravio, terremoto, tsunami e incêndio, por exemplo.
Para fazer o mesmo que Janaina, envie as imagens para a nuvem (cloud), como por exemplo os serviços gratuitos do Dropbox, Google Drive, One Drive, iCloud e outros. Outra forma simples é enviar as imagens para o seu próprio endereço de e-mail. Em caso de necessidade basta acessar ao arquivo na nuvem, seja pelo computador conectado à internet ou pelo smartphone.
Fotos cedidas