Otto Warmbier, um estudante de 22 anos que retornou aos Estados Unidos em coma na semana passada após 17 meses como prisioneiro na Coreia do Norte, morreu em um hospital de Cincinnati, anunciaram seus pais.
“É a nossa triste tarefa anunciar que nosso filho, Otto Warmbier, completou sua jornada para casa. Cercado pela sua família amorosa, Otto morreu hoje às 14h20”, escreveram Fred e Cindy Warmbier em uma declaração divulgada na segunda-feira (19).
Eles salientaram que sua morte havia sido inevitável como resultado dos “horríveis maus-tratos que nosso filho recebeu nas mãos dos norte-coreanos”.
Warmbier foi preso no Aeroporto de Pyogyang em janeiro de 2016 e sentenciado em março a 15 anos de trabalhos forçados por supostamente ter roubado um cartaz de propaganda do quarto de hotel onde ele estava hospedado como parte de um tour organizado.
O estudante da Universidade de Virginia chorou durante sua audiência dizendo: “Eu cometi o pior erro da minha vida”. O julgamento teria durado menos de 1 hora.
Ele foi evacuado da Coreia do Norte através de um transporte médico e chegou aos Estados Unidos na terça-feira passada. Pyongyang alegou que o coma foi provocado pela combinação de botulismo com uma pílula do sono. De acordo com médicos da Universidade de Cincinnati, onde Warmbier estava recebendo tratamento, ele sofreu lesões relacionadas à parada cardiorrespiratória e não respondia a estímulos externos.
“Quando Otto retornou a Cincinnati no dia 13 de junho ele não podia falar, ver e reagir a comando verbais”, disseram seus pais. “Ele parecia muito desconfortável – quase angustiado. Embora nunca mais poderemos ouvir sua voz, ele estava em paz. Ele estava em casa e acreditamos que ele podia sentir isso”.
Três americanos continuam detidos na Coreia do Norte. O governo norte-americano acusa o Norte de usar tais prisioneiros como peças políticas. O país isolado acusa Washington e a Coreia do Sul de enviar espiões para derrubar seu governo.
Fonte e imagem: The Guardian