É muito comum ver homens sentados com as pernas abertas em transportes públicos, tanto no Japão quanto no exterior. Contudo, esse ato incomodava muitas pessoas na Espanha, principalmente as mulheres.
Respondendo a protestos de grupos feministas, a Empresa Municipal de Transportes de Madrid, capital da Espanha, categorizou o ato de “abrir as pernas” em ônibus como uma “atitude incômoda”. A placa de sinalização de “proibição da abertura das pernas”, que inclui o desenho de um homem sentado realizando o “ato proibido”, estará presente em ônibus ao lado de outras placas como “proibir fumar” e “proibido jogar lixo no ônibus”.
Uma palavra explicada no “Dicionário de Inglês de Oxford”
Existe uma palavra inglesa formal que transmite o sentido do “ato dos homens sentarem com as pernas abertas”. Esta palavra se chama “manspreading”, um substantivo que une as palavras “man” (homem) e “spreading” (abrir ・alargar). Entretanto, esta palavra estava inserta no banco de dados online do “Dicionário de Inglês de Oxford” desde 2015.
A Empresa Municipal de Transportes de Madrid (EMT) utiliza a palavra “el manspreading” e apresenta o sentido da palavra neste post. No dia 6 de junho, a empresa anunciou em sua homepage que iria colocar a placa de sinalização nos ônibus com a assinatura da entidade para promover a proteção do espaço privado de cada pessoa dentro do transporte público, proibindo o “manspreading” em todos os ônibus.
“A missão deste novo ícone é fazer as pessoas pensarem sobre a necessidade do comportamento educado, e respeitarem o espaço de todos os passageiros”, disse a EMT.
Esta medida tomada pela EMT foi decidida a partir do patrocínio do departamento das igualdes de gênero da Câmara Municipal de Madrid, após uma petição online sobre a proibição do manspreading com a assinatura de 12.000 mulheres ser entregue às autoridades locais.
Na página da petição, está declarado que “existem adesivos nos transportes públicos que explicam a necessidade de ceder lugares para grávidas, pessoas com carrinhos de criança, pessoas idosas ou com deficiência, contudo, nós sempre somos afetadas nos meios de transportes públicos. Isso é manspreading!”
Não é apenas Madrid
Não é a primeira vez que casos como este ocorrem! Em 2014, a MTA (Autoridade de Transporte Metropolitano) realizou a campanha “Cara! Pare com o manspreading. É um problema de espaço.”
Entre 2014 e 2015, na Filadélfia, houve o “Cara, isso é rude”, uma campanha para resolver os problemas de sons altos de headphones nos transportes públicos e outras violações como o “manspreading”. Em Seattle, outra campanha que utilizou a ilustração de um polvo abrindo suas pernas nos assentos foi utilizada.
Após esta notícia do EMT, o jornal “The Guardian” reuniu uma série de campanhas de sensibilização de conduta que ocorreram no mundo inteiro. A matéria também inclui cartazes que foram utilizados no Japão em 1976 e 2012.
Fonte: Newsweek Japan