A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que a rápida disseminação do surto de cólera no Iêmen já levou a vida de 1.500 pessoas.
O representante da OMS no Iêmen, Nevio Zagaria, fez as observações em uma conferência de imprensa realizada na capital Sanaa no sábado (1º). Ele disse que havia cerca de 246.000 casos suspeitos desde 30 de junho, 4 vezes mais do que o reportado há 1 mês.
Zagaria apelou por ajuda internacional para melhorar as condições sanitárias no Iêmen, dizendo que a situação é extremamente grave e que o surto está alcançando uma escala sem precedentes.
A epidemia de cólera ocorre em meio a um conflito prolongado entre o governo e as forças da oposição. A situação se deteriorou desde que uma coalizão saudita se juntou em apoio às forças do governo. As condições sanitárias do país estão piorando devido ao conflito.
Um representante de uma organização internacional de assistência médica no Iêmen, a Médicos Sem Fronteiras, disse à NHK por telefone que o número de pessoas trabalhando em serviços de ajuda está diminuindo enquanto a guerra civil continua. Ele disse ainda que no Iêmen faltam estações efetivas de quarentena.
A cólera
Cólera é uma infeção do intestino delgado por algumas estirpes das bactérias Vibrio cholerae. O sintoma clássico é a grande quantidade de diarreia aquosa com duração de alguns dias e podem também ocorrer vômitos e câimbras musculares. A diarreia pode ser de tal forma grave que em poucas horas provoca grave desidratação e distúrbio eletrolítico. Isto pode levar a que os olhos se afundem nas órbitas, à diminuição de elasticidade da pele e ao enrugamento das mãos e dos pés.
A doença transmite-se principalmente através da água e de alimentos contaminados com fezes humanas com presença das bactérias e pode ser fatal se não for tratada.
Fonte: NHK Imagem: NNN