Milhares de idosos no Japão devolveram suas carteiras de motorista

Após uma lei de tráfego revisada ter entrado em vigor, mais motoristas idosos abriram mão de suas habilitações. Veja mais.

Após uma lei de tráfego revisada ter entrado em vigor, mais motoristas idosos abriram mão de suas habilitações

Cerca de 106.000 pessoas com idade de 75 anos ou mais devolveram, de forma voluntária, suas habilitações no Japão no período de janeiro a maio, um ritmo bem mais rápido em comparação ao ano anterior.

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Em março, a Lei de Tráfego em Rodovias revisada entrou em vigor, introduzindo testes mais rigorosos para detectar sinais de demência entre os motoristas idosos que renovam suas habilitações. No ano passado, um total de aproximadamente 162.000 motoristas de 75 anos ou mais devolveram suas habilitações.

No período de janeiro a maio, o número de acidentes fatais no tráfego causados por pessoas de 75 anos ou mais teve uma queda de 14.2% em comparação ao ano anterior, totalizando 151, atingindo o menor nível em 10 anos, aparentemente, refletindo a nova lei.

Questões pendentes incluem como garantir médicos para diagnosticar demência e como reduzir o tempo de espera para que os idosos realizem as aulas de direção.

De acordo com a Agência Nacional de Polícia (NPA na sigla em inglês), cerca de 56.000 motoristas de 75 anos ou mais devolveram suas habilitações durante os 81 dias após a revisão de março ter entrado em vigor.

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Fonte: Jiji
Imagem: Bank Image

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Tóquio tem 70% de chance de passar por um massivo terremoto dentro de 30 anos

Publicado em 7 de julho de 2017, em Sociedade

O Japão está em preparação para a ocorrência de um massivo terremoto em Tóquio, segundo o governo. Veja mais.

A rodovia que desabou em Kobe, atingida por um terremoto de magnitude 7.3 em 1995, mostra os danos que podem ocorrer durante um massivo tremor (Nikkie/AP)

O Japão está correndo contra o tempo em preparação para a ocorrência de um previsto terremoto de grandes proporções em Tóquio, além de realizar medidas de redução de danos ao fazer pleno uso de dados disponíveis e inteligência artificial.

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Medidas realizadas pelos setores públicos e privados acontecem enquanto a estimativa do governo diz que há 70% de chance de um terremoto de magnitude classe 7 atingir diretamente abaixo da área metropolitana de Tóquio dentro de 30 anos.

Contudo, muitas questões se mantêm sem resposta sobre a atividade sísmica na Grande Tóquio em razão da complexidade de sua estrutura subterrânea.

No pior dos cenários, um terremoto poderia atingir diretamente abaixo da capital japonesa em uma noite de inverno e estar centrado na parte sul de Tóquio. Neste cenário, até 23.000 pessoas poderiam morrer e 610.000 construções seriam completamente destruídas ou queimadas, de acordo com estimativas do governo. Os danos econômicos chegariam a um total de 95 trilhões de ienes ($853 bilhões).

“Há um risco extremamente alto de um terremoto atingir diretamente abaixo da área metropolitana de Tóquio dentro dos próximos 20 ou 30 anos”, alertou Haruo Hayashi, diretor do Instituto Nacional de Pesquisa para Ciência da Terra e Resiliência de Desastre (NIED na sigla em inglês).

Hayashi fez as observações em uma reunião de autoridades do governo, estudiosos e empresários realizada em Tóquio no dia 23 de junho.

Uma nova organização que combina forças da indústria, do governo e do meio acadêmico foi criada em 23 de junho. O Conselho para Resiliência e Uso de Dados e Aplicação foi inaugurado para promover esforços que visam minimizar os danos de um enorme tremor ao compreender vários dados.

Construção de rede sismográfica mais ampla e efetiva com a ajuda do setor privado

Na área metropolitana de Tóquio, a terra pode sacudir de forma diferente em um local em relação a outro que está somente a uma curta distância por vária razões, incluindo a composição das condições do solo das áreas.

Até agora, o governo de Tóquio e outros grupos estabilizaram pontos de observação em cerca de 500 locais na área de Tóquio. Contudo, a rede não é suficiente para avaliar o tremor e os danos em detalhe.

O conselho planeja construir uma rede sismográfica mais ampla e efetiva com a ajuda do setor privado.

A inteligência artificial também será usada para analisar dados relacionados a terremotos coletados pelas empresas. O conselho espera detectar os tremores em intervalos de somente várias dezenas de metros e identificar rapidamente os locais que podem der afetados.

O conhecimento sobre terremotos passados é crucial para estimativas

O Japão é um país propenso a terremotos e a atividade sísmica ocorre de regularmente, mesmo que não seja forte suficiente para ser sentida, devido à composição de suas placas tectônicas.

A Placa do Mar das Filipinas e a Placa do Pacífico estão se deslizando sob duas placas continentais, as placas Eurasiana e a Norte-Americana, desencadeando vários tipos de terremotos. Estudos descobriram que muitos terremotos de magnitude classe 7 ocorreram ao longo da falha geológica da Placa do Mar das Filipinas.

O conhecimento sobre terremotos passados é crucial para estimativas da extensão de danos de futuros tremores e para a realização de contramedidas. Pesquisadores estão dando atenção a um em particular que atingiu a cidade de Edo, que hoje é Tóquio, em 1855.

O terremoto foi um de classe 7 centrado sob a cidade. Acredita-se que o número de mortos tenha sido de 10.000.

Entretanto, não se sabe exatamente como o tremor de 1855 ocorreu. Uma teoria supõe que o foco foi perto da superfície da terra, enquanto outras dizem que foi a uma profundidade de 100km.

Tremores de magnitude 7 causados por placas que se deslizam aconteceram em intervalos de 27 anos em média

Terremotos de magnitude classe 7 causados por placas que se deslizam aconteceram em intervalos de cerca de 27 anos em média. Dois mil e dezesseis marcará 30 anos desde o último terremoto do tipo, que registrou magnitude de 6.7 e atingiu o largo da costa de Chiba em dezembro de 1987.

Um previsto terremoto na Grande Tóquio pode não necessariamente causar danos como os do tremor de 1855. Entretanto, o próximo que poderá ocorrer é uma questão de quando e não de se. O Japão precisa conduzir pesquisas futuras sobre os mecanismos dos terremotos e determinar contramedidas efetivas para minimizar a perda de vidas, número de pessoas feridas e danos causados pelos tremores.

Fonte e imagem: Nikkei

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