O Primeiro-Ministro Shinzo Abe informou na sexta-feira (28) que a Ministra da Defesa do Japão, Tomomi Inada, ofereceu sua renúncia após um escândalo de ocultação de dados que causou confusão dentro de seu ministério, aumentando a preocupação de que ela estava perdendo sua aderência nas forças japonesas de defesa.
A renúncia de Inada, conhecida como uma das favoritas de Abe com quem ele compartilha suas opiniões conservadoras, ocorre mesmo que ela tenha negado alegações de que desempenhou um papel na ocultação dos dados, os quais registraram as atividades diárias das tropas terrestres japonesas na missão de paz das Nações Unidas no Sudão do Sul.
Os dados, que suscitaram controvérsias, descreveram situações particularmente tensas no país africano e a revelação no ano passado poderia ter afetado de forma negativa o esforço do governo em continuar o envio de tropas e atribuir novas, e possivelmente mais arriscadas, responsabilidades de segurança durante a missão das Nações Unidas.
O alto burocrata do ministério, Tetsuro Kuroe, e o General das Forças Terrestres de Autodefesa (GSDF na sigla em inglês), Toshiya Okabe, também planejam renunciar por causa do escândalo, de acordo com fontes.
Alguns viam Inada, a advogada de 58 anos que virou política, com potencial para se tornar a sucessora de Abe, mas sua tarefa de 1 ano foi prejudicada por gafes e deslizes.
Um pouco antes de enfrentar acusações em relação ao suspeito encobrimento de dados no início do mês, Inada foi criticada por membros do partido dominante e da oposição por fazer uso político das Forças de Autodefesa, a fim de atrair apoio para um candidato na eleição da assembleia metropolitana de Tóquio no dia 2 de julho.
Fonte: Japan Today, Kyodo Imagem: Wikimedia