Longe de ser decidida, a mudança poderia jogar água fria no auge do turismo vivenciado pelo Japão atualmente (turistas em Miyajima, Hiroshima)
O governo japonês está explorando a ideia de introduzir um imposto sobre os visitantes estrangeiros para levantar fundos que ajudariam a pagar por melhorias em atrações turísticas.
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Casas históricas, parques nacionais e patrimônios culturais estão entre os locais em áreas regionais que seriam alvo em um empenho para encorajar os turistas do exterior visitarem locais que não são muito conhecidos pelo público em geral.
A Agência de Turismo “vai considerar um imposto de partida” disse o comissário Akihiko Tamura. A agência está pesquisando precedentes no Reino Unido e outros lugares, esperando incluir o plano nas propostas de reforma de impostos para o ano fiscal de 2018.
Contudo, a ideia está longe de ser concreta e poderia terminar jogando um balde de água fria no recente auge do turismo no país. Continua incerto, por exemplo, o quanto seria cobrado e se o imposto seria limitado aos estrangeiros ou cobriria os viajantes japoneses também.
O custo da política turística deveria ser arcada por aqueles que se beneficiam dela
Em um relatório compilado em maio, a Agência de turismo citou que o custo da política turística deveria ser arcado por aqueles que se beneficiam dela.
O número de turistas estrangeiros que veio ao Japão em 2016 chegou a 24.04 milhões. A cobrança de um imposto de 1.000 ienes ($8.92) de cada um deles traria cerca de 24 bilhões de ienes aos cofres do governo.
Um questão é como coletar o imposto. O Aeroporto de Narita já cobra 2.610 ienes por pessoa pelo uso de suas instalações e segurança. Empresas aéreas e a indústria de viagens estão, desta forma, cautelosas sobre taxas extras na forma de um novo imposto.
O governo tem uma meta de atrair 40 milhões de visitantes do exterior em 2020, ano das Olimpíadas. O país também quer dobrar o consumo desses turistas para 8 trilhões de ienes.
Os turistas que vêm ao Japão, geralmente, passam pela “Rota Dourada” (Golden Route), de Tóquio ao Monte Fuji e a região Kansai, lar de Osaka e Quioto. O governo também quer encorajar esses turistas a viajarem para áreas remotas do país.
Fonte: Nikkei
Imagem: Bank Image