A “bateria totalmente de estado sólido” poderá substituir as de íon lítio, já que elas não podem sofrer superaquecimento ou pegar fogo (imagem ilustrativa)
Pesquisadores japoneses descobriram um material mais barato para a próxima geração de smartphones e dispositivos móveis, uma descoberta que poderia ver um novo e mais seguro substituto no mercado para as controversas células de íon lítio.
Publicidade
As baterias de íon lítio são usadas amplamente em smartphones, consoles de game portátil e outros dispositivos. No entanto, dizem que a nova célula de armazenamento, conhecida como “bateria totalmente de estado sólido” está preparada para suceder as de íon lítio, já que elas não podem sofrer vazamento de eletrólito, superaquecimento ou pegar fogo.
Bateria totalmente de estado sólido sob desenvolvimento conectada com cabos elétricos (Instituto de Tecnologia de Tóquio)
O ingrediente, descoberto por Ryoji Kanno, professor de química no Instituto de Tecnologia de Tóquio, e seus colegas, também poderá melhorar a performance da bateria. As descobertas foram anunciadas pela universidade em 14 de julho.
Tipicamente, a baterias de íon lítio usam como ingrediente um líquido conhecido como eletrólito.
Como os eletrólitos contêm substâncias inflamáveis, há o risco de vazamento ou pegar fogo. Devido a isso, produtos alimentados por baterias de íon lítio, muitas vezes, são proibidos de serem trazidos a bordo de aeronaves.
A bateria totalmente de estado sólido não usa qualquer material líquido, dessa forma, ela pode garantir uma alto nível de segurança.
Embora seja mais difícil permitir que a eletricidade passe através de corpos sólidos em comparação a fluidos, Kanno e seus colegas, em 2011, tiveram sucesso em desenvolver um material de eletrólito sólido, cuja condutividade iônica é tão alta quanto a do eletrólito líquido.
Contudo, o material foi produzido com metais raros caros.
O ingrediente descoberto recentemente para baterias totalmente de estado sólido foi desenvolvido ao combinar materiais baratos, como estanho e silicone, mas sua performance é tão alta como a de eletrólitos líquidos à temperatura ambiente.
Os custos para a fabricação de baterias que usam o novo material mais fácil de processar poderão ser menos de um terço daqueles com base em metais raros.
“Ele (o novo material) pode garantir um alto nível de segurança e poderá ser usado para vários propósitos, como carros elétrico”, disse Kanno.
Fonte: Asahi
Imagem: Asahi, Bank Image
Salvar