O futuro da viagem de trem está parecendo bem excitante. A Rússia anunciou na semana passada sua proposta para ligar a ferrovia Transiberiana de Londres a Tóquio, divulgou o Telegraph.
A massiva extensão ferroviária foi proposta pela primeira vez pelo Japão em outubro de 2016, quando o governo expressou interesse em trazer a ferrovia para a ilha de Hokkaido.
As intenções do governo japonês poderiam impulsionar o turismo e facilitar os negócios com a Rússia e Europa, contudo, a ideia inicial dependeu da cooperação da Rússia.
Agora, o governo russo surgiu com uma proposta mais ambiciosa do que a original.
A nova ferrovia, que se estenderia por cerca de 13.500km, terminaria na cidade de Wakkanai, em Hokkaido. A atual rota Transiberiana inicia em Moscou e termina em Vladivostock e, de acordo com o novo plano, a linha continuaria atravessando uma ponte até a ilha russa de Sakhalin.
A partir de Sakhalin, a ferrovia atravessaria uma segunda ponte, de 45km, até o Japão.
“Estamos oferecendo seriamente aos parceiros japoneses considerar a construção de uma mistura de estrada e passagem ferroviária de Hokkaido ao sul de Sakhalin”, disse o primeiro-ministro Igor Shuvalov ao Siberian Times. Apelidada de “ponte através da história”, o projeto seria amplo para o Japão e a Rússia, que nunca assinaram um tratado formal para terminar as hostilidades da Segunda Guerra Mundial.
Se tudo acontecer como o plano, os viajantes poderão embarcar no Eurostar de Londres a Paris, depois em um trem noturno que passa pela Alemanha, Polônia e Bielorússia antes de chegar a Moscou. De lá, a ferrovia Transiberiana seguiria diretamente a Hokkaido, que fica a algumas horas de Tóquio via trem-bala.
Putin está disposto a aumentar o investimento no extremoleste russo e as relações estão aquecendo, então é o momento perfeito para a introdução da nova linha ferroviária.
Shuvalov disse que o Japão se tornaria um “estado continental” uma vez que a ferrovia se tornar realidade.
Os planos foram revelados durante o Fórum Econômico do Leste realizado da Rússia, sediado em Vladivstok por Putin.
Fonte: Unilad, Mail Online Imagem: Mail Online