Torres do World Trade Center queimando no dia do atentado (Wikimedia/Flickr user Michael Foran)
Temores de um ataque. Temores de outro 11 de setembro, o pior atentado terrorista, quando 3.000 pessoas perderam suas vidas, a maioria nos escombros do World Trade Center, em Nova York.
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Para os residentes de Nova York que perderam seus entes queridos, que sobreviveram ou somente testemunharam o evento, as memórias continuam frescas e feridas antigas são reabertas 16 anos após a tragédia. Um estado perpétuo de alto alerta é o “novo normal”.
Para aqueles diretamente afetados, o 11 de setembro é a “data mais temível” do ano e o estresse pós-traumático pode continuar pela vida inteira do indivíduo, diz Charles Strozier, um psicanalista e autor de um livro que documenta as experiências de sobreviventes e testemunhas.
Muitos estão convencidos que, mesmo após os recentes ataques terroristas tenham focado a Europa, é Nova York, o coração que bate no mundo ocidental, que continua sendo o alvo principal.
Para proteger seus 8.5 milhões habitantes, Nova York continua integralmente preparada.
Com uma força policial de 38.000 homens que vigia os espaços públicos da cidade, uma massiva rede de câmeras que oferece vigilância 24 horas e campanhas onipresentes para lembrar os cidadãos “se você ver algo, diga algo”, são todos alertas do custo da segurança.
Desde 2001 a cidade tem tido sua própria unidade antiterrorismo, que hoje tem cerca de 2.000 pessoas e representantes em várias capitais estrangeiras, de acordo com Robert Strang, presidente do Grupo de Gerenciamento Investigativo com sede em Nova York.
A agência, algumas vezes, lançou polêmica, notavelmente por seu programa que monitorava cidadãos que frequentam os mosteiros da cidade, que foi criticado por ser discriminatório.
Contudo, a rede de inteligência é essencial e tem sido eficaz em prevenir grandes e novos ataques, disse Strang.
A capital financeira dos EUA também quer estabelecer um exemplo quando honra as vítimas de terrorismo no exterior.
Após os recentes ataques na Europa, autoridades foram ágeis em oferecer suas condolências e assistência, e apagaram as luzes do Empire State em uma marca de solidariedade.
E o Memorial 11 de setembro, com 2 crateras de granito preto imensas, construídas no local das Torres Gêmeas, se tornou um local de meditação e luto não somente para os residentes de Nova York, como também para o mundo todo.
O 11 de setembro
Os atentados de 11 de setembro de 2001 foram uma série de ataques suicidas contra os Estados Unidos coordenados pela organização fundamentalista islâmica al-Qaeda.
Na manhã daquele dia, 19 terroristas sequestraram 4 aviões comerciais de passageiros e colidiram intencionalmente 2 deles contra as Torres Gêmeas do complexo empresarial do World Trade Center, em Nova York, matando todos a bordo e muitas das pessoas que trabalhavam nos edifícios.
Os dois prédios desmoronaram 2 horas após os impactos, destruindo edifícios vizinhos e causando vários outros danos. O 3ºavião de passageiros colidiu contra o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O 4º avião caiu em um campo aberto próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois de alguns de seus passageiros e tripulantes terem tentado retomar o controle da aeronave dos sequestradores, que a tinham reencaminhado na direção da capital norte-americana. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.
Quase 3.000 pessoas morreram durante os ataques, incluindo os 227 civis de mais de 70 países e os 19 sequestradores a bordo dos aviões.
Fonte: Japan Times, AFP-Jiji
Imagem: Wikimedia