No domingo (15) a imprensa tomou conhecimento, através da prefeitura local, que diversos cidadãos enviaram informações a respeito das bolas de fogo vistas no céu de Kitahiroshima-cho (Hiroshima). Segundo os jornais, a prefeitura local ainda pretende confirmar com a província se eram de fato um exercício militar para conter um possível míssil norte-coreano.
As bolas de fogo foram vistas e registradas por diversas pessoas do distrito. Isso teria ocorrido entre 14h30 e 15h do dia 11 deste mês. Um homem de 49 anos gravou as cenas. “Uma aeronave surge em meio a um grande ruído. Dispara duas bolas de fogo – supostamente flares – pela parte traseira. Deslizou lentamente em queda e desapareceu”, descreve para o Sankei News.
Segundo o homem, além das imagens que ele conseguiu gravar, foram efetuados outros muitos disparos dessas bolas de fogo. “É comum ver aeronaves militares dos EUA sobrevoando por aqui, mas dessa vez fazia voo baixo. Fiquei preocupado caso houvesse uma queda”, contou.
“Moradores reclamaram do barulho. Gostaria que o treinamento fosse realizado considerando os residentes locais”, desabafou um representante da prefeitura.
Bolas de fogo: medidas contra mísseis
Essas bolas de fogo vistas em Kitahiroshima podem ser flares. São consideradas medida para neutralizar um míssil guiado com sensores de infravermelho.
Geralmente são compostas de magnésio ou outro metal que queima a altas temperaturas, com uma temperatura de combustão igual ou maior do que a dos gases de escape do motor. O objetivo é fazer com que o míssil de infravermelho siga o sinal de calor do flare em vez do motor da aeronave, segundo o Chugoku Shimbun.
Normalmente esse tipo de treinamento é efetuado sobre o mar e não sobre área agrícola e local com habitação e comércio, como ocorreu em Kitahiroshima-cho. Deve ter sido realizado por conta da tensão provocada pela Coreia do Norte, avalia o jornal.
Fontes e fotos: Sankei News e Chugoku Shimbun