Coreia do Norte se engaja em comércio ilícito na África

A Coreia do Norte se engaja no comércio ilícito que envolve chifres de rinoceronte na África, aponta um relatório.

De acordo com um relatório, diplomatas norte-coreanos estão envolvidos em pelo menos 18 casos de contrabando de chifres de rinoceronte e marfim desde 1986 (NHK/reprodução)

Um relatório escrito por uma organização não governamental diz que a Coreia do Norte se engaja no comércio ilícito que envolve chifres de rinoceronte na África, em sua tentativa de conseguir moeda estrangeira em meio às sanções internacionais sobre o programa nuclear e de mísseis de Pyongyang.

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A organização com sede da Suíça, a Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional, está investigando crimes realizado por sindicatos internacionais. O relatório foi escrito para a organização com base em depoimento de agentes africanos e desertores norte-coreanos.

O relatório diz que diplomatas norte-coreanos estão envolvidos em pelo menos 18 casos de contrabando de chifres de rinoceronte e marfim desde 1986.

Em 2015, a polícia moçambicana deteve dois homens, incluindo um assessor político da embaixada norte-coreana na África do Sul.

Chifres de rinoceronte avaliados em 100 mil dólares

O relatório aponta que 4,5Kg de chifre de rinoceronte foram descobertos durante uma busca nos veículos dos dois homens presos. Os chifres de rinoceronte apreendidos seriam avaliados em mais de 100 mil dólares no mercado negro da China.

Em 2016, diz o relatório, cidadãos norte-coreanos que viajavam com passaportes diplomáticos foram detidos em uma aeroporto internacional da Etiópia por supostamente tentarem contrabandear marfim para a China.

O relatório sugere que a Coreia do Norte vem abusando de seus direitos diplomáticos para se engajar em comércio ilícito na África, país com o qual tem relações estreitas.

Também há suspeita de que Pyongyang esteja enviando seus trabalhadores para construir instalações militares em nações africanas e vendendo armas em violação às resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU).

O autor do relatório, Julian Rademeyer, sugeriu que essas atividades ilícitas poderiam aumentar de forma significativa enquanto a Coreia do Norte se torna cada vez mais isolada em meio às sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.

Fonte e imagem: NHK

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