A Coreia do Sul está pronta para implantar bombas de grafite, também conhecidas como “bombas de apagão”, que podem paralisar as centrais de energia elétrica da Coreia do Norte no caso de um conflito na península.
Bombas de apagão foram usadas pela primeira vez pelos Estados Unidos no Iraque, durante a Guerra do Golfo em 1990, e funcionam ao liberar uma nuvem de filamentos de carbono extremamente finos e quimicamente tratados sobre componentes elétricos. Os filamentos são tão finos que agem como uma nuvem, mas causam curtos-circuitos em equipamentos elétricos.
A Coreia do Sul está buscando ativamente aumentar suas capacidades de defesa contra o Norte, disposta a desenvolver bombas de grafite porque elas não são letais aos civis em áreas ao redor.
As armas vêm sendo preparadas pela Agência para Desenvolvimento de Defesa da Coreia do Sul (ADD), divulgou a agência de notícias Yonhap, como um elemento do Kill Chain, programa de ataque preventivo desenvolvido para detectar, identificar e interceptar mísseis iminentes no tempo mais curto possível.
“Todas as tecnologias para o desenvolvimento de uma bomba de grafite lideradas pela ADD foram asseguradas”, disse um oficial militar. “Está num estágio em que podemos construir as bombas a qualquer momento.”
A Coreia do Sul está avançando na implantação de seus “três pilares” de defesa nacional em até 3 anos como resultado da crescente ameaça dos programas de desenvolvimento nuclear e de mísseis de Pyongyang.
A estratégia de três fases foi originalmente agendada para entrar em efeito em meados de 2020, mas o comportamento cada vez mais agressivo e imprevisível da Coreia do Norte forçou Seul a revisar seu cronograma.
Bombas de apagão no Iraque e Sérvia
Bombas de grafite funcionaram bem contra alvos no Iraque, afetando cerca de 85% do fornecimento de energia elétrica em todo o país. A OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte) usou armas similares contra alvos na Sérvia, em maio de 1999, danificando cerca de 70% do fornecimento elétrico do país.
Analistas acreditam que as armas funcionariam bem contra alvos na Coreia do Norte, que provavelmente são obsoletos e não protegidos.
Fonte: The Telegraph Imagem: Bank Image