Monte Fuji recebeu tantos visitantes a ponto de ficar congestionado

Por causa de superlotação em alguns dias, a província de Yamanashi recebeu muitas reclamações.

Autoridades ainda não sabem como podem reduzir o número de alpinistas no Monte Fuji para menos de quatro mil por dia

Sendo um famoso ícone cultural e a montanha mais pitoresca do Japão, o Monte Fuji é um destino obrigatório para todo turista. O recente guia disponível em dois idiomas – inglês e japonês – também tornou a caminhada mais fácil, permitindo aos visitantes explorarem tudo que o Fujisan tem a oferecer.

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Essa acessibilidade elevada, juntamente com outros fatores, no entanto, causaram uma complicação imprevista.

O Monte Fuji atraiu tantos turistas, que tentavam pegar o melhor ângulo do espetacular nascer do sol no cume, que múltiplas reclamações sobre superlotação foram submetidas.

Em um esforço para entender melhor a situação na montanha, a província de Yamanashi reuniu informações a partir de pesquisas e dispositivos GPS alugados para os alpinistas no período entre 2015 a 2017.

O Monte Fuji tem quatro trilhas que levam ao topo e ao estudar as características de cada uma revelou as razões para o congestionamento e principalmente, como resolvê-los.

As descobertas mostraram que o congestionamento geralmente ocorreu sempre que o número de visitantes entrando pela trilha de Fujinomiya – a rota mais curta montanha acima –  excedia os dois mil em um dia. Em contraste, nenhuma obstrução do tipo foi observada nas entradas de Subashiri e Gotemba.

A trilha de Yoshida é a mais longa, mas tem a vantagem de ser a mais gentil em termos de inclinação de encosta, o que claramente a torna a rota mais popular. De acordo com as descobertas, houve quatro dias neste ano em que o número de alpinistas nessa trilha excedeu quatro mil por dia, por volta das 4h e 5h30 entre os meses de julho e setembro.

Embora nenhum plano concreto tenha sido estabelecido, o Conselho de Patrimônio Cultural Mundial Fujisan, atualmente, visa reduzir a quantidade de visitantes para menos de quatro mil a qualquer momento, mas não tem planos de limitar a entrada se esse número exceder.

Fonte: Sora News
Imagem: Bank Image

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Pokémon Go: pai que perdeu filho chama a atenção para os perigos do smartphone

Publicado em 28 de outubro de 2017, em Sociedade

Faz 1 ano que um menino de 9 anos foi morto em Aichi por um motorista de caminhão que jogava Pokémon Go. O pai segue fazendo palestras alertando jovens sobre os perigos do smartphone.

Faz 1 ano que o pequeno Kenta morreu após ser atingido por um caminhão conduzido por um motorista que jogava Pokémon Go. O pai segue fazendo palestras alertando jovens sobre os perigos do smartphone (Chukyo TV/reprodução)

Um ano se passou desde o dia em que um menino de 9 anos foi morto na cidade de Ichinomiya (Aichi) por um motorista de caminhão que jogava Pokémon Go. O pai da criança continua visitando escolas de ensino médio como parte de uma campanha para eliminar “a execução de tarefas enquanto se usa um smartphone”.

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Takatoshi Noritake, professor de 47 anos, perdeu seu filho Keita após ele ser atingido por um caminhão quando voltava da escola para casa em 26 de outubro de 2016. O motorista foi sentenciado a 3 anos de prisão em março de 2017 por direção negligente que resultou em morte.

Após o julgamento, colegas professores pediram a Takatoshi para realizar palestras sobre a segurança no tráfego. O pai concordou, parcialmente porque ele achou preocupante o fato de estudantes do ensino médio andarem de bicicleta segurando o smartphone em uma mão e usarem fones no ouvido.

“Estudantes do ensino médio logo poderão dirigir. O ato de executar outras tarefas enquanto se usa o smartphone cria vítimas, e isso também cria infratores. Transmitindo minha alma em relação ao que Keita poderia ter se tornado e a tristeza sentida por nossa família (nas palestras) é uma maneira de honrar meu filho”, explica o pai.

Valorizar a vida

Durante as palestras, Takatoshi mostra aos estudantes cartas que Keita entregou a ele antes de sua morte. Aparentemente, Keita responderia de uma maneira tipicamente de criança sempre que ele recebia elogios como “Você cresceu muito”. O professor também fala sobre o irmão mais velho de Keita que, em lágrimas, tenta consertar a garrafa térmica do pequeno garoto que ficou deformada no acidente.

Com lembranças tristes com essas, Takatoshi ajuda os estudantes a valorizarem a importância da vida.

As palestras, claramente, tiveram um impacto positivo. Por exemplo, uma vez Takatoshi recebeu uma carta de uma estudante do ensino médio que havia cortado os pulsos em várias ocasiões, dizendo, “Sinto como se me dissessem que eu deveria aproveitar o máximo de minha vida”.

Takatoshi dorme em um quarto onde está a urna com as cinzas de seu filho, junto a um altar rodeado de fotografias.

Toda manhã, Takatoshi vai até o cruzamento onde Keita morreu e conversa com ele. Um semáforo foi instalado na área em agosto. “Lá, parece que Keita está me apoiando, me oferecendo palavras de encorajamento como “Siga adiante, pai!”, explica ele. Takatoshi está determinado a continuar realizando a campanha para impedir que as pessoas tentem fazer outras coisas enquanto mexem na tela de seus smartphones.

De acordo com a Agência Nacional de Polícia, cerca de um milhão de pessoas são presas todos os anos por dirigir enquanto usam um telefone celular. Em 2016, o número foi de aproximadamente 960 mil.

Fonte: Mainichi
Imagem: Chukyo TV

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