O Japão vai aumentar suas ações drásticas sobre ouro trazido ilegalmente ao país, posicionando equipes de investigação em principais centros aéreos e reforçando as verificações em aeronaves sob novas medidas que seriam anunciadas na terça-feira (7).
O novo esforço da aplicação da lei ocorre em meio a um aumento na atividade de contrabandistas de ouro que buscam lucrar a partir de diferenças de impostos entre o Japão e países vizinhos.
Mais de 400 casos de contrabando de ouro até junho deste ano
O Japão registrou 467 casos de tais incidentes no ano até junho de 2017, alta de 60% ante 2016. A sonegação de impostos aumentou 40%, para cerca de 873 milhões de ienes ($7.67 milhões).
Equipes de investigadores e analistas serão posicionados em Tóquio, Osaka e Fukoka com início no próximo ano.
O total de 20 especialistas trabalhará com empresas aéreas para aumentar as inspeções a bordo, incluindo o uso de detectores de metal pagos pelo orçamento do governo para o ano fiscal de 2017.
O Ministério das Finanças vai propor alteração na lei de imposto sobre consumo no próximo ano fiscal para permitir multas mais pesadas do que o atual valor máximo de 10 milhões de ienes.
O ministério também está buscando endurecer as penalidades sob a lei de alfândega.
Supõe-se que viajantes que trazem ouro ao Japão devem pagar o imposto sobre consumo na alfândega.
O aumento do imposto sobre consumo de 5% para 8% adoçou o incentivo para contrabando
Os contrabandistas escapam do pagamento de impostos, obtendo “lucro” posteriormente quando o imposto é anexado ao preço de revenda do metal precioso.
O aumento do imposto sobre consumo de 5% para 8% em abril de 2014 adoçou o incentivo para contrabando, de acordo com o governo.
Tal lucro é maior para o contrabando que se origina de países com baixo ou nenhum imposto de consumo. Em grande parte dos casos, o ouro contrabandeado ao Japão vem de vários locais na Ásia.
Fonte: Nikkei Imagem: Bank Image