O Partido Liberal Democrático (Jimintou) está sendo criticado no Twitter por causa das políticas de tornar gratuita a educação e cuidados parentais de crianças entre 3 a 5 anos prometidas nas eleições gerais no Japão em 2017.
A medida virou alvo de críticas após os políticos responsáveis terem anunciado que estudariam a possibilidade de retirar parte das instalações de cuidados infantis não aprovadas pela constituição.
Os grupos civis da província de Tóquio que criticam a falta de solução do governo em relação às “crianças em espera” por vagas em creches espalharam a hashtag “#as medidas políticas de cuidados parentais estão vagas”, e iniciaram um movimento com assinaturas contra a exclusão de certas instalações. Algumas celebridades mostraram apoio à hashtag, que está tomando força.
A medida foi prometida publicamente pelo governo durante as eleições de outubro. Os representantes explicaram que os recursos financeiros para tornar gratuita a educação voltada a crianças entre 3 e 5 anos de idade viria do aumento da receita tributária derivada da elevação do imposto sobre o consumo para 10%.
Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, há cerca de 170 mil crianças utilizando instalações não aprovadas (dados de março de 2016). Assim como há muitos casos de pessoas que não foram aceitas pelas instituições aprovadas, também há diversos casos de famílias que pagam mais caro em creches não aprovadas.
A hashtag citada acima se espalhou rapidamente na Internet, principalmente entre as famílias que enfrentam o problema. O caso de “crianças em espera” tornou-se famoso após diversos comentários em blogs de mães insatisfeitas.
Proposta será enviada ao primeiro-ministro
Na última semana a “Sede de Estratégias para 100 anos de Vida”, tradução livre de (人生100年時代戦略本部 – Jinsei Hyaku-nen Jidai Senryaku Honbu), finalizou a proposta das medidas finais. A proposta seria enviada ao primeiro-ministro na sexta-feira (24).
Contudo, como a proposta foi formulada “às pressas”, muitos dos items para serem julgados pelo governo deixaram a impressão de serem “vagos” e continuam sendo alvo de críticas.
A proposta declarou que dividirá a assistência à educação em “valores livres”, decididos pela instalação, ou “valores públicos”, decididos pelo país ou pelas organizações municipais. O limite do subsídio será oferecido em uniformidade entre todas as instituições, não importando se são ou não aprovadas mediante os critérios legais.
Entretanto, o documento não explicou os limites da introdução da medida. Os executivos do partido retomaram o poder de decisão e continuarão com as discussões da implementação, mas o assunto continua controverso.
Fonte: Sankei e Tokyo Shimbun