Desde que se tornou presidente, Trump se engajou em uma crescente guerra de palavras com Kim Jong-un
A mídia estatal da Coreia do Norte na quarta-feira (15) criticou Donald Trump por insultar o líder Kim Jong-un, dizendo que o presidente dos EUA merecia a pena de morte e chamando-o de covarde por cancelar uma visita à fronteira intercoreana.
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Um editorial do jornal Rodong Sinmun focou sua fúria sobre a visita de Trump à Coreia do Sul na semana passada, durante a qual ele denunciou a “cruel ditadura” do Norte em um discurso a legisladores em Seul.
A visita fez parte de um tour por cinco nações na Ásia pelo presidente dos EUA que visou estimular amplamente a oposição regional em relação às ambições de armas nucleares do Norte.
“O pior crime pelo qual ele nunca será perdoado é que ele ousou ferir de forma maligna a dignidade da liderança suprema”, disse o editorial.
“Ele deveria saber que é somente um criminoso monstruoso sentenciado à morte pela população coreana”, frisou.
Crescente guerra de palavras
Desde que se tornou presidente, Trump se engajou em uma crescente guerra de palavras com Kim Jong-un, trocando insultos pessoais e ameaças de ataques militares, aumentando os temores de uma disseminação de hostilidades.
Em direção ao final de seu tour pela Ásia, Trump enviou um tuíte de Hanói, no Vietnã, que levou a disputa verbal a um novo nível, zombando o líder norte-coreano em relação a sua altura e peso.
“Por que Kim Jong-un me insultaria ao me chamar de velho, quando eu nunca o chamaria de baixinho e gordo?”, tuitou Trump.
Os membros da dominante dinastia de Kim – passado e presente – desfrutam de status como de deuses na Coreia do Norte, que demonstrou extrema sensibilidade a qualquer observação que pode ser vista como zombaria ou desrespeito à liderança.
Cancelamento da visita à DMZ
O editorial também cavou um buraco na falha de Trump em passar pela DMZ- Zona Desmilitarizada que divide as duas Coreias – uma parada tradicional para oficiais dos EUA que visitam a Coreia do Sul.
O helicóptero de Trump que o levava até a DMZ retornou após somente cinco minutos devido às más condições climáticas – uma explicação que o jornal dispensou.
“Não foi o tempo”, disse o editorial, “ele estava simplesmente assustado em enfrentar os olhos ofuscantes de nossas tropas”.
Fonte: Japan Today, AFP
Imagem: NHK, Bank Image