O ministro de relações exteriores do Japão demonstrou preocupação na quinta-feira (7) sobre possíveis repercussões da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, mas evitou criticar a medida de seu aliado próximo.
“Temos a preocupação de que as condições poderiam piorar no Oriente Médio como um todo, ou que a situação de paz no local poderia se tornar ainda mais dura, então ficaremos de olhos abertos nos desenvolvimentos”, disse Taro Kono aos repórteres no Ministério de Relações Exteriores.
O principal porta-voz do governo japonês disse em uma conferência de imprensa que Tóquio “está monitorando a situação com grande interesse”.
Dentre os países do G7, a Grã-Bretanha, França, Itália e Alemanha demonstraram desacordo ou preocupação sobre a decisão dos Estados Unidos. Já o Canadá repetiu sua posição de que o status de Jerusalém só pode ser resolvido como parte de um acordo geral da disputa entre os israelitas e palestinos.
Kono disse que não haverá “mudança alguma” nos esforços do Japão em contribuir com o processo de paz no Oriente Médio.
Anunciando sua decisão na quarta-feira (6), Trump direcionou o Departamento de Estado a iniciar o processo de movimentação da embaixada americana de Tel Aviv a Jerusalém.
Kono disse que o Japão não tem intenção de mudar sua embaixada de Tel Aviv.
Posteriormente, o ministério de relações exteriores emitiu um alerta aos japoneses na região para evitar serem pegos em protestos e potenciais conflitos desencadeados pela decisão de Trump.
Kono poderá fazer uma viagem a países selecionados no Oriente Médio no final deste mês, onde ele poderá explicar a posição do Japão sobre questões regionais.
Fonte: Mainichi Imagem: NHK