As baixas temperaturas neste inverno mais as nevascas históricas têm um motivo, segundo análise divulgada pela Agência de Meteorologia do Japão, na quinta-feira (15).
Trata-se do efeito do fenômeno La Niña, desde o final do ano passado e deverá se estender até o fim deste mês, segundo a AMJ. As condições facilitam o fluxo das ondas de frio, insistentemente sobre o Mar do Japão.
La Niña
O fenômeno La Niña é da natureza e consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental, enquanto ocorre o contrário, fazendo subir a temperatura em torno das Filipinas e da Indonésia.
Desde o outono do ano passado tem se observado queda de temperatura nas águas ao longo da costa do Peru, denotando a ocorrência do fenômeno La Niña.
De acordo com a Agência Meteorológica, sob influência do fenômeno La Niña, a alta pressão do sudeste da Ásia se deslocou para o nordeste, em comparação com os anos anteriores. Por essa razão, o vento do oeste que atravessa Kyushu e Okinawa serpenteou para o sul, facilitando a entrada da massa fria da Sibéria pelo norte do arquipélago.
Fim do mês
Neste inverno as províncias banhadas pelo Mar do Japão tiveram nevascas com frequência. Especialmente Fukui e Yamagata amargaram nevascas com registros históricos. Um dos exemplos foi na cidade de Fukui (província homônima), onde se registrou mais de 1,40 metro de acúmulo de neve, depois de 37 anos.
As temperaturas médias foram 1,4ºC e 2,8ºC mais baixas no leste e oeste do país, respectivamente, em fevereiro.
A previsão é de que a onda fria continue até o final deste mês, enquanto o lado do Mar do Japão precisa continuar alerta para a neve pesada.
Fontes: Sankei e Yomiuri Foto: Asahi