O assassinato da pequena Le Thi Nhat Linh, de 9 anos, em março do ano passado, pelo homem que era presidente da comissão que zelava pelos alunos da escola, chocou o Japão e o Vietnã.
Yasumasa Shibuya, na época com 46 anos, foi considerado o autor do crime. Como réu, Shibuya está sendo julgado em Chiba, província onde ocorreu o crime.
O pai enlutado iniciou um abaixo assinado para pedir pena severa ao réu, no seu país de origem. Usou a rede social mais famosa entre os seus compatriotas, o Facebook, e criou uma campanha de coleta de assinaturas. Obteve pelo menos 30 mil assinaturas no seu país de origem, até o fim do mês passado.
Assinaturas dos japoneses
No Japão, em 26 de janeiro, quando se passaram 10 meses depois da data em que Le Thi Nhat Linh foi morta, o pai Le Anh Hao, foi fotografado nas proximidades da saída leste da estação da JR Kashiwa.
Com um placa explicativa sobre o crime, pedia assinatura para as pessoas, pois ele tinha obtido apenas mil dos japoneses. “Para que não ocorra mais este tipo de crime, conto com a cooperação dos japoneses”, disse ele para o jornal Sankei.
“Cumpro as leis do Japão. Sozinho não posso fazer nada, não tenho força. Por isso peço para cooperar no pedido de uma pena severa”, dizia ele para os transeuntes. As pessoas paravam para engrossar a lista a favor da pena severa.
Pena de morte para o assassino
No Vietnã o povo manifestou apoio ao pai. Segundo o jornal Nikkei, os atletas e artistas do país se colocaram no lugar do pai e pediram para a sociedade cooperar assinando.
Com uma grande comunidade de vietnamitas no Japão, seja de estudantes, estagiários técnicos e trabalhadores, não levou muito tempo para reunir as 30 mil assinaturas por aqui. São 230 mil pessoas vivendo neste arquipélago.
Assim, até 6 de fevereiro, o pai Le Anh Hao obteve pelo menos 60 mil assinaturas para o seu abaixo assinado, 50% de cada país.
Em momento nenhum o pai pronunciou a palavra pena de morte. No entanto, no Japão, as penas mais severas são de prisão perpétua ou de sentença de morte.
Fontes: Nikkei, Nikkan Sports e Sankei Fotos: Sankei e arquivo