“Eu nasci com esse rosto, tenho que viver com ele”, disse o sósia de Kim Jong-un (BBC)
Um grupo de animadoras de torcida norte-coreanas foram surpreendidas pela repentina chegada de seu líder, Kim Jong-un, em um jogo feminino de hóquei nas olimpíadas de inverno na quarta-feira (14).
Algumas delas evitaram o olhar imediatamente enquanto o falso Kim, que posteriormente se identificou apenas como Howard, sorria e acenava para a multidão que veio assistir a um jogo da equipe coreana unificada contra o Japão nos Jogos de PyeongChang.
“Elas estão fazendo um bom jogo, marcaram um gol. Como líder, é tudo que posso pedir”, disse Howard à Reuters, logo após seguranças à paisana do Centro Nacional Antiterrorismo da Coreia do Sul terem retirado o falso Kim de perto das animadoras de torcida, as quais ele disse terem feito um bom trabalho.
Veja o vídeo:
At the united Korea vs Japan womens’ hockey game, an apparent Kim Jong-un impersonator starts dancing in front of North Korean cheerleaders. Apparent employees of the DPRK push him aside. He’s now sitting nearby giving interviews (in English) pic.twitter.com/PeVJYtri5Y
— Vincent Bevins (@Vinncent) February 14, 2018
Howard causou tumulto durante a cerimônia de abertura dos jogos na semana passada, quando ele e uma pessoa vestida de Donald Trump foram retirados do estádio por guardas de segurança.
Ele disse que ficou detido brevemente em um escritório da polícia durante a partida de quarta-feira e então “solicitado educadamente a sair”.
“Meu rosto é tão político”, disse Howard enquanto saía do estádio de hóquei.
“Eu nasci com esse rosto, tenho que viver com ele”.
Na Coreia do Norte, qualquer um que imite um membro da família Kim seria considerado blasfemo. Imagens da liderança norte-coreana são rigorosamente coreografadas e controladas por propagandistas estatais da nação reclusa.
Mesmo assim, a entrada de Howard foi tão espetacular que as animadoras de torcida norte-coreanas se esforçaram para reprimir um sorriso rápido entre as entoações “Somos um!” e “Unifique a pátria!”
“Isso mostra que, afinal de contas, todos somos humanos”, disse Howard. “Não importa se elas são sul-coreanas ou norte-coreanas, um senso de humor e um pouco de sátira política são sempre necessários”.
Fonte: Agência Reuters Imagens: BBC
