Nova espécie de animal ‘indestrutível’ é encontrada no Japão

Também conhecido como urso d’água, o animal microscópico foi descoberto no estacionamento de um prédio no Japão.

Nova espécie de tardígrado, o Macrobiotus shonaicus, foi descoberta no Japão (foto cortesia de Daniel Stec, Kasuharu Arakawa e Lukasz Michalczyk via National Geographic)

Descoberta em um estacionamento no Japão, a espécie de tardígrado pode fornecer pistas sobre como o animal sofreu alterações ao longo do tempo.

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Tardígrados são espécies microscópicas, organismos flexíveis – e o que é conhecido sobre seu mundo acaba de se tornar um pouco maior.

Kazuharu Arakawa, pesquisador da Universidade de Keio em Tóquio, coletou um espécime quando estava reunindo amostras no estacionamento do prédio onde mora na cidade de Tsuruoka.

Ele colheu um punhado de musgo que sobressaía o concreto e o levou ao laboratório para teste.

Após encontrar o microanimal e analisar seu DNA, Arakawa e seus colegas poloneses reproduziram o minúsculo tardígrado. O que diferencia essa nova espécie – que recebeu o nome de Macrobitus shonaicus – das outras são suas patas volumosas e ovos irregulares.

Um documento com as descobertas foi publicado em 28 de fevereiro no jornal PLos One.

Tardígrados vivem em ambientes extremos

Os tardígrados foram descobertos pela primeira vez em 1773 por um zoólogo alemão, mas eles não foram completamente caracterizados até há poucos anos.

Também chamados de “urso d’àgua”, as criaturas são organismos rechonchudos com várias patas e podem ser vistas com o uso de um microscópio.

Os ursos d’água têm olhos primitivos, medem cerca de 0.02 polegadas de comprimento e vêm sendo encontrados em todos os ambientes na Terra, do profundo mar escuro à floresta tropical e úmida.

Eles podem viver por décadas e descobriu-se que tardígrados fossilizados remontam há mais de 500 milhões de anos.

O animal também é conhecido como urso d’água (Washington Post)

Cientistas vêm testando tardígrados por anos, aquecendo-os a temperaturas de até 150 graus Celsius e congelando-os a 165 graus negativos.

Eles também enviaram tardígrados ao espaço e os trouxeram de volta. Em ambientes extremos, os animais entram em um tipo de hibernação chamada de criptobiose, em que eles se recuam em uma bola seca e compacta, permanecendo latentes por um período de tempo indefinido.

Há poucos anos, um tardígrado descongelado sobreviveu após ficar congelado por 30 anos. Eles podem suspender seus metabolismos e sobreviver a quantidades imensas de pressão.

168º espécie descoberta no Japão

Essa nova espécie é a 168º que foi descoberta no Japão. No mundo, há mais de mil espécies diferentes de tardígrados e cerca de 20 novas são encontradas a cada ano.

Os órgãos visuais, bocas e formato das patas do M.shonaicus são similares àqueles encontrados em outros tardígrados, mas essa nova espécie tem uma dobra extra na superfície interna de suas patas.

A habilidade dos tardígrados de resistirem a temperaturas congelantes pode ajudar os cientistas a criarem vacinas liofilizadas.

Esses materiais podem ser armazenados a temperaturas mais altas do que as vacinas tradicionais e precisam somente de adição de água um pouco antes de serem usadas.

A resistência dos ursos d’àgua à desidratação podem ajudar os cientistas com informações sobre como preservar materiais biológicos como células, culturas e produtos da carne.

Fonte e imagem: National Geographic

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Lisa Ono comemora 30 anos de carreira com novo álbum

Publicado em 6 de março de 2018, em Tome Nota

Famosa no Japão e no mundo por sua voz macia, Lisa Ono, a maior divulgadora da bossa nova fora do Brasil comemora 30 anos de carreira.

No álbum da cantora Lisa Ono, a maior divulgadora da bossa nova fora do Brasil (Iza)

Nascida em São Paulo, criada em Tóquio, em um ambiente musical, Lisa Ono é cantora, compositora e violonista brasileira que estreou profissionalmente no Japão. Aos 55 anos e com uma bela carreira musical, a voz e violão da bossa nova, lança um álbum especial em comemoração dos 30 anos de estreia profissional.

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O álbum intitulado 旅 そしてふるさと (lê-se Tabi, soshite furusato) será colocado no mercado em 28 deste mês. As 14 músicas, todas japonesas, foram escolhidas a dedo, como o sucesso いい日旅立ち (lê-se Ii hi tabidachi), da cantora Momoe Yamaguchi, famosa na década de 70.

Outra que entrou na lista é Melody do cantor e compositor Koji Tamaki. Todas as músicas têm como tema viagem.

Lisa, de Tóquio para o mundo

Lisa começou a cantar e tocar desde criança e logo se apaixonou pela bossa nova. Seu pai era dono do Saci Pererê, um restaurante de comida brasileira, com música ao vivo. Lá foi o seu começo.

Estreou com o disco Nanã, em 1988, e logo caiu no gosto do público japonês. Com sua voz suave, natural, transparente e seu violão, foi a responsável pela propagação desse estilo brasileiro no Japão.

Em 1991 ela ganhou o Disco de Ouro com esse álbum, na categoria jazz. Em 2013 recebeu a medalha da Ordem do Rio Branco, condecorada por sua contribuição como pioneira da bossa nova no exterior.

Lisa Ono tem tido agendas cheias de compromissos para shows nos Estados Unidos, nos diversos países da Ásia e também no Brasil.

Em abril fará um show em Nagoia (Aichi) e depois segue para a Austrália, onde se apresenta pela primeira vez. Certamente irá conquistar o público lá também.

Se ainda não conhece Lisa Ono, assista ao vídeo de um show realizado em Java, Indonésia, no Festival de Jazz 2015.

Fonte e foto: Iza

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