O jornal Mainichi desta quinta-feira publicou uma extensa matéria sobre o pilar que sustenta a economia japonesa, composto dos recursos humanos estrangeiros. São essenciais para a indústria japonesa, também em Shiga.
O repórter visitou uma indústria de equipamentos elétricos na cidade de Konan (Shiga). Lá encontrou na linha de produção muitas mulheres brasileiras, cerca de 20, trabalhando em um ambiente sem graxas. “Apesar da característica alegre estão em silêncio”, diz a matéria. Mas isso tem uma explicação. Um cartaz indica “eu não converso durante o serviço”.
Ricardo Noda, 45, é o nikkei brasileiro que coordena e verifica a atividade laboral. Também é intérprete e serve de exemplo para demonstrar como deve realizar as tarefas.
“Estrangeiros são forças valiosas, sem eles não mantemos uma indústria”, declarou o gerente industrial dessa planta para o jornal.
Segundo ele, nessa planta trabalham cerca de 300 empregados, dos quais 160 são estrangeiros, desde 15 anos atrás. 70% da mão de obra é feminina, tanto de brasileiras quanto de filipinas como haken shain. Mas também tem estagiários técnicos da Indonésia.
Os procedimentos são explicados e escritos em 3 idiomas: japonês, português e tagalog. Diferenças culturais dos países tiveram que ser superados por todos, inclusive pelo gerente industrial.
Para que os trabalhadores estrangeiros permaneçam no emprego realizam festas e bingos, com a presença dos familiares.
Em Nagahama (Shiga), o repórter encontrou uma indústria de processamento de metais, na cidade industrial, que conta com os estrangeiros. “O número absoluto de trabalhadores é insuficiente e o Japão precisa contar com estrangeiros para garantir o PIB atual”, declarou Kiyoshi Nishimura, Diretor de Desenvolvimento Técnico, 64 anos. A indústria emprega brasileiros através de empreiteira e estagiários técnicos vietnamitas, no total de 45 pessoas.
Fonte e foto: Mainichi