A instituição “Fundação dos Cuidados Paliativos do Japão”, com sede em Osaka (província homônima) realizou uma pesquisa sobre a morte e como as pessoas lidam com ela, principalmente maridos e esposas. Participaram mil pessoas, de 20 a 79 anos, em dezembro do ano passado.
Quanto mais a idade avança mais as pessoas querem morrer repentinamente, descobriu a instituição. Na faixa dos 60, 70 e 80 anos, mais de 80% preferem a morte súbita.
Em geral, 78% dos entrevistados preferem dessa forma. As múltiplas respostas justificam essa preferência. 68% das respostas indicam que os idosos não desejam sofrer no momento, 61% não querem dar trabalho para os familiares, 44% disseram que não veem motivo de se manter vivo se estiver acamado, entre outras resposatas com menor índice.
Maridos e esposas com respostas diferentes
Entre as pessoas casadas, a média foi de 63% de respostas para “prefiro morrer primeiro”. Contudo, olhando para as respostas dos maridos, 78% preferem partir antes da esposa. Nas faixa dos 30 e 70 anos, isso fica mais evidente com, 83% e 85%, respectivamente.
O índice médio entre as mulheres foi de 50%. Quanto mais a idade avança, maior o percentual. Nas faixas etárias acima dos 60 anos, o índice é igual ou ultrapassa os 60%.
Motivos se equiparam
Em relação aos motivos de preferir morrer antes do parceiro, os dados se equiparam. “Não suportaria a tristeza de perder meu parceiro”, responderam 50% dos maridos e 48% das esposas.
“Sem o parceiro fica difícil viver”, apontaram 30% dos maridos e 22% das esposas.
“Na hora de partir quero que o parceiro esteja junto”, responderam 34% dos homens e 25% das mulheres.
Motivos de não quererem morrer antes
As mulheres demonstraram preocupação de como o parceiro vai viver se ela morrer antes. 53% delas disseram que se preocupam, enquanto o índice deles é bem inferior, 30%.
Tanto os maridos quanto as esposas têm sensibilidade em relação aos cuidados com o parceiro. A maioria masculina, 63%, respondeu que quer cuidar da esposa nos seus últimos dias, enquanto o índice delas ficou em 57%.
Pesquisa entre os viúvos
As pessoas que perderam seus parceiros revelaram suas dificuldades depois do luto, em diversas respostas.
Uma das mais relevantes foi “encontrar o seu próprio jeito de viver”, com 36%.
Em seguida, “recuperar da tristeza”, com 29%. Continuar o bom convívio com os parentes, cuidar do túmulo (do parceiro), preocupar-se com a saúde, gerenciar o dinheiro e os ativos sozinho, entre outras dificuldades mostram a falta que faz o parceiro.
Fonte: divulgação
Fotos: Pixabay