As vítimas não pedem ajuda para ninguém na primeira vez que são agredidas (Flickr)
A Agência Nacional de Polícia do Japão (NPA) divulgou nesta quinta-feira (17) o resultado de uma pesquisa sobre o comportamento das vítimas de violência.
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Em média, 40% dos entrevistados que já sofreram algum tipo de violência, revelaram que na primeira vez não consultaram ninguém. Mas há outros resultados alarmantes.
A pesquisa foi online, com 917 participantes, todos acima de 20 anos. Foram analisados 6 tipos de violência: doméstica, sexual, agressão a menor, stalking (perseguição), trânsito e tentativa de homicídio com lesão.
Soube-se que 80% dos entrevistados desconhece que existem órgãos municipais onde se pode procurar ajuda. Assim, a NPA irá providenciar pôsteres e folhetos de campanha.
Vítimas não sabem onde procurar ajuda e têm vergonha
Os que mais se calaram diante da primeira vez em que foram vítimas, foram os entrevistados que sofreram agressão ou abuso quando crianças – 74%. Desses, 73% responderam que por causa da tenra idade não sabiam onde procurar ajuda.
Das pessoas que sofreram abuso sexual 52% responderam que não queriam expor o caso para terceiros.
No caso da violência doméstica o índice é um pouco menor, de 33%, que não conseguiu denunciar ou conversar com alguém.
A média dos 6 tipos de violência nos quais a vítima não conseguiu buscar ajuda ficou na casa dos 39%.
Quando questionados “porque não denunciou ou pediu ajuda”, 46% das vítimas de violência doméstica acharam que não era caso ao ponto de denúncia. As vítimas de perseguição (39%) e acidentes de trânsito (35%) também pensaram que não eram casos para chamar a polícia.
Diante dos resultados a NPA informou que “queremos poder apresentar os órgãos relevantes de acordo com as necessidades das vítimas, levando em consideração a preservação da sua privacidade”.
Números de telefones: 110 para chamar a polícia e 119 para ambulância e corpo de bombeiros. Para as consultas sobre violência doméstica, as prefeituras de cada cidade dispõem de um setor para atendimento. Os casos de perseguição devem ser comunicados à polícia, procurando um koban (posto policial) mais próximo.
Fonte: Asahi
Foto: Flickr