Já é coisa do passado chamar de ‘cor de pele’ aquela que pertence às matizes da cor laranja, dos estojos de lápis de cor, giz de cera e tintas. Com a globalização e cada vez mais intenso os programas para redução da discriminação, o nome dessa cor também está em transição. Esse movimento parece ter avançando por diversos países.
No Brasil, uma empresa chamada PintKor criou um estojo de gizes de cera, com 12 tons de pele. Em parceria com o UNIAFRO/UFRGS, Curso de Aperfeiçoamento em Política de Promoção da Igualdade Racial na Escola, faz sucesso entre educadores e alunos. Custa R$17,29 na loja online. Afinal, o Planeta tem pessoas de várias cores de pele e não faz sentido ter uma única como outrora.
No Japão, a maioria dos fabricantes já substitui a ‘cor de pele’ chamada de hadairo 肌色 por ペールオレンジ ou うすだいだいいろ, o que significam laranja pálido e laranja claro.
‘Cor de pele’ extinta em 2009 no Japão
A Mitsubishi, dona de outras marcas como Tombow e Sakura, mudou a nomenclatura em setembro de 2009, das suas linhas de lápis de cor e crayon. A justificativa é “a designação de ‘cor de pele’ é apontada como possibilidade de dar um estereótipo para a cor da pele das pessoas. A fim de evitar confusão e facilitar a compreensão escolhemos usar usudaidai – うすだいだい – e light orange na grafia em inglês”, anunciando o fim dessa cor.
Talvez, a que ajudou a popularizar essa mudança foi uma empresa que vende materiais de pintura e desenho em Tóquio, a Tanaka Kinkado.
Há cerca de um ano ela postou na sua conta do Twitter um estojo de lápis de cor Giotto, da marca italiana Fila. Tem 12 lápis de cores da pele, com tons que variam da pele rosada à mais escura. Custa ¥1.080 na loja online.
E o seu post gerou muitos comentários interessantes e positivos por pessoas que reagiram imediatamente ao conceito.
Fontes: Koralle, Mitsubishi, Tanaka Kinkado e Youpouch
Fotos: Allure e divulgação