As futuras décadas verão o crescimento de megacidades colossais enquanto a população mundial se desloca cada vez mais para ambientes urbanos, segundo um novo relatório das Nações Unidas.
Hoje, 55% da população mundial é urbana, um número que poderá crescer para 68% até 2050, com a adição de 2.5 bilhões de novos residentes de cidades, de acordo com projeções da Divisão Populacional do Departamento de Economia e Assuntos Sociais das Nações Unidas.
Até 2030 haverá 43 megacidades em todo o mundo com populações de mais de 10 milhões, alta de 33 centros urbanos de tamanho similar hoje e de somente 10 em 1990.
O crescimento é causado por uma mudança rápida da vida rural para a urbana em todo o mundo, principalmente na Ásia.
Na Ásia, cerca de 50% da população vive em cidades, comparada a 82% na América do Norte e 74% na Europa. Na África, somente 43% da população vive em cidades.
Isso está para mudar, com a Índia, China e Nigéria contando por cerca de 35% do crescimento projetado em populações urbanas entre 2018 e 2050.
Até 2050, o relatório das Nações Unidas prevê que na Índia haverá 416 milhões de residentes urbanos, 255 milhões na China e 189 milhões na Nigéria.
Aumento da megacidade
Deli poderá ultrapassar Tóquio como a maior área metropolitana do mundo por volta de 2028, enquanto a população do Japão diminui e a da Índia continua crescendo.
Atualmente, o número de pessoas que mora na grande Tóquio é de 37 milhões de pessoas, comparado a 29 milhões em Nova Deli, seguidas por Xangai, com 26 milhões e as cidades do México e São Paulo, com cerca de 22 milhões de habitantes cada uma.
Nem todas as cidades terão crescimento. O relatório frisa que Nagasaki e Busan, no Japão e Coreia do Sul respectivamente, estão passando por declínio populacional desde 2000, assim como várias cidades no leste da Europa.
O crescimento urbano não é necessariamente sustentável e nem tão eficaz. Na África, vários países estão vivenciando as chamadas “cidades inteligentes” em uma tentativa de aliviar os problemas relacionados com a rápida urbanização como tráfego, poluição, habitação inadequada e espaços públicos.
Em outros lugares, países estão considerando “fatiar” suas cidades maiores em partes mais gerenciáveis. Sydney, o centro urbano mais populoso da Austrália, anunciou planos para se dividir em três cidades menores até 2040 a fim de melhorar a habitação, qualidade de vida e governo.
Fonte: CNN Imagem: Banco de imagens