Um monge que trabalha para um templo que fica no Monte Koya, que é Local de Patrimônio Mundial, moveu uma ação judicial afirmando que desenvolveu depressão e foi forçado a tirar uma licença por causa de sua carga de trabalho pesada, disse na quarta-feira (16) seu advogado.
O requerente moveu a ação em 27 de abril junto ao Tribunal de Wakayama buscando uma indenização e salários não pagos no valor de aproximadamente 8.6 milhões de ienes.
O monge, que começou a trabalhar para um dos templos no Monte Koya em 2008, desenvolveu depressão em dezembro de 2015 e tem estado ausente do trabalho desde março de 2016, segundo a queixa.
Um escritório de supervisão de padrões de trabalho já reconheceu a carga de trabalho em excesso, confirmando que uma vez o monge trabalhou por pelo menos um mês sem descanso.
64 dias de trabalho sem descanso
De acordo com a queixa, ele fez preparações antes das 5h da manhã para hóspedes no shukubo do templo, uma acomodação construída para monges e fiéis participarem de orações matutinas. Algumas vezes ele trabalhou até tarde da noite atendendo hóspedes e cumprindo outras tarefas no templo.
O número de hóspedes em 2015, época que marcou 1.200 anos desde a fundação do templo principal no Monte Koya, o forçou a trabalhar 64 dias consecutivos entre março e maio, e 32 dias seguidos entre setembro e outubro.
O advogado disse que trabalhar em templos tende a ser considerado como treinamento, e ele quer esclarecer sobre o ambiente de trabalho onde monges podem ser forçados ao excesso de tarefas.
Advogados com conhecimento de disputas trabalhistas dizem que as tarefas dos monges não deveriam ser inteiramente tratadas como treinamento, visto que eles recebem salários pelos seus serviços.
O Monte Koya tem 117 templos, incluindo cerca de 50 equipados com shukubo.
O Monte Koya foi listado como Local de Patrimônio Mundial em 2004, juntamente com outros templos e rotas de peregrinação na cordilheira de Kii na província de Wakayama.
Fonte: Japan Today Imagem: Banco de imagens