Motoristas de ônibus em Okayama, que trabalham pelo Ryobi Group, foram às ruas em uma forma incomum de protesto. Enquanto tecnicamente em greve, eles continuaram circulando em suas rotas e se recusando a cobrar a passagem dos que entravam no ônibus.
Imagem mostra um pano branco cobrindo a máquina onde o passageiro paga a passagem.
岡山のバスのストライキは、お客様から料金を徴収しないで、経営側のみに影響を与えるという素晴らしいストです。#ストライキ pic.twitter.com/3vAnSkPYRb
— mipo@アフィリエイト&着物大家 (@mipourako) April 26, 2018
Uma nova empresa de linha de ônibus rival, a Megurin, começou a circular em 27 de abril com algumas rotas coincidindo com aquelas operadas pelo Ryoubi e oferecendo uma tarifa mais barata. Como se isso não bastasse, os ônibus da Megurin também têm designs fofinhos.
身体障碍者の方が、益野から乗車されたのですが、新橋北が終点扱いで全員下車させられるのですが…これも悶着あったみたいで(めぐりんには障碍者割引が無い)、ドライバーが整理券の裏に、なにか裏書をしていました。 pic.twitter.com/uBie4UJ5e4
— あんぱん (@anpan_2634) April 28, 2018
Como resultado, os motoristas do Ryoubi estavam se sentindo ameaçados e pediram à gestão da empresa melhorias na segurança de seus empregos sob a competição acrescida. Parecia que o Ryoubi não estava disposto a satisfazer o pedido dos funcionários e então uma greve foi declarada.
Em casos como esse, a gestão pode usar a paralisação do trabalho contra os motoristas, apelando ao público que os trabalhadores estão colocando suas próprias necessidades frente às da comunidade.
Então, para mostrar que esse não era o caso, motoristas do Ryoubi continuaram a cumprir suas tarefas, mas sem executar a parte do trabalho a qual exige que eles aceitem os pagamentos das passagens. Em outras palavras, viagem de ônibus de graça para todo mundo.
Essa não é a primeira vez que uma greve do tipo aconteceu no Japão ou em outro local do mundo. Tanto Brisbane como Sydney, ambas na Austrália, realizaram dias de passagem de graça como parte de conflitos trabalhistas no ano passado.
O caso mais recente documentado de uma “greve de tarifa” remonta a um protesto realizado por condutores de bondes em 1944, e casos similares envolvendo outros serviços que aconteceram na Europa e na América Latina antes desse.
Leitores ficaram de certa maneira divididos sobre o conceito:
“Isso não é uma boa ideia. Eles estão trabalhando de graça?”
“Acho que parar os ônibus de uma vez colocaria mais pressão na gestão”.
“Acho que essa é uma boa ideia para proteger a imagem da empresa a longo prazo, mas queria saber como isso afeta as posições de negociação de ambos os lados”.
Há vários fatores que afetarão o resultado desse conflito trabalhista, mas esse é um experimento interessante para ver como tal greve funcionará na cultura de negócios japonesa entre gestão, trabalhadores e passageiros.
Considerando que os motoristas do Ryoubi estejam procurando por segurança no trabalho enquanto esbarram em uma empresa de ônibus que oferece tarifas mais baratas, proteger a imagem deles e a relação com os passageiros é fundamental. Então, provavelmente é uma medida sábia para todos envolvidos, cita o Sora News.
Fonte: Sora News Imagem: Banco de imagens