O número de crianças no Japão caiu pelo 37º ano consecutivo para um novo nível mínimo histórico, mostraram os dados mais recentes em 3 de maio, indicando que os esforços realizados pela administração do primeiro-ministro Shinzo Abe para combater a baixa taxa de natalidade ainda são carentes.
De acordo com o Ministério de Assuntos Internos e Comunicações, o número de crianças, incluindo as de nacionalidade estrangeira, caiu 170 mil em comparação ao ano anterior, totalizando 15.53 milhões desde 1º de abril, o nível mais baixo desde 1950, quando os dados se tornaram disponíveis. Uma criança é definida como uma pessoa de 14 anos ou menos.
A proporção de crianças em relação à população geral caiu para um nível mínimo histórico de 12.3%, pelo 44º ano consecutivo.
Dentre os 32 países com população de 40 milhões ou mais, o Japão ficou na classificação mais baixa em termos de proporção de crianças em relação ao número total de habitantes, menos que a Alemanha (13.2%) e a Coreia do Sul (13.1%), mostrou o Livro de Referência Demográfica Anual das Nações Unidas.
Abe se comprometeu a combater o declínio e envelhecimento populacional ao implementar medidas para promover o empoderamento das mulheres na sociedade e aumentar o suporte para a criação de filhos com o aumento do número de creches. Contudo, tais medidas ainda precisam colher frutos.
Dentre as 47 províncias, Tóquio foi a única que teve mais crianças em relação ao ano anterior, de acordo com dados provinciais datados de 1º de outubro.
Okinawa teve a maior proporção de crianças em relação à população geral, a 17.1%, enquanto Akita registrou a mais baixa, 10.1%.
Fonte: Japan Times, Jiji Imagem: Banco de Imagens