Japão decreta lei para promover uso efetivo de terras ‘abandonadas’  

Área total de terra não reclamada, propriedades residenciais, agrícolas e florestais, no Japão foi estimada em cerca de 4,1 milhão de hectares.

Com o rápido envelhecimento populacional do Japão, lotes de terra abandonados poderão aumentar (imagem ilustrativa)

Na quarta-feira (6) o parlamento decretou uma lei especial para promover no bem comum o uso de terras não reclamadas, visto que tais poderão aumentar em meio à queda populacional do Japão.

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A lei, que será colocada em vigor completamente em junho do próximo ano, permitirá a líderes de governos locais darem permissão a solicitantes usarem terras abandonadas por até 10 anos para propósitos públicos como construção de parques, saguões comunitários e clínicas de saúde.

Solicitantes em potencial incluem municípios, empresas e organizações não governamentais. Se o dono aparecer e reclamar a terra, a propriedade será devolvida após o encerramento do termo de direito de uso dela. Se ninguém reclamar o terreno, o período de uso pode ser estendido.

Levando em consideração o rápido envelhecimento populacional do Japão, lotes de terra abandonados poderão aumentar e há temores de que deixá-los em suas condições atuais poderia dificultar os planos de redesenvolvimento e projetos de trabalhos públicos, assim como impedir esforços para reconstruir áreas atingidas por desastres.

Área total de terras abandonadas tem o tamanho da ilha de Kyushu

Em 2016, a área total de terra não reclamada – propriedades residenciais, agrícolas e florestais – foi estimada em cerca de 4,1 milhão de hectares, um pouco maior que o tamanho da ilha de Kyushu, no sudoeste do Japão, de acordo com o estudo de um grupo do setor privado.

Em muitos casos, a posse da propriedade se tornou desconhecida como resultado de uma falha do herdeiro em se submeter ao processo de registro, que custa dinheiro e é visto como trabalhoso.

Para governos locais, pode custar tempo e dinheiro rastrear os proprietários quando eles planejam iniciar projetos de trabalhos públicos e têm que obter a aprovação dos donos com antecedência.

A lei decretada em 5 de junho é uma medida provisória e o governo planeja revisar leis relacionadas até 2020 para solucionar a questão.

O uso das terras

Sob a lei especial, os governos central e local serão capazes de adquirir terras abandonadas com mais facilidade para projetos de desenvolvimento de cidades e construção de rodovias através de procedimentos simplificados.

Se as terras não forem utilizadas para a proposta solicitada, o governador ordenará ao solicitante restaurá-las ao seu estado original. Um solicitante que se recusa a seguir a ordem pode ser sentenciado a até um ano de prisão, ou pagar uma multa de até 300 mil ienes.

Fonte: Mainichi
Banco de imagens

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Site lista vários locais no Japão amigáveis com quem tem tatuagem

Publicado em 7 de junho de 2018, em Sociedade

O site, em inglês e japonês, mostra vários locais no Japão amigáveis com quem tem tatuagens.

Enquanto a tendência de tatuagens cresce, a rígida e negativa reação aos tatuados não faz mais sentido, disse a administradora do site (imagem ilustrativa)

No Japão, onde a tatuagem ainda é um tabu, os tatuados estão recebendo uma ajuda (em inglês e japonês) de um site lançado em junho que oferece informações sobre estâncias de águas termais e outros locais em todo o país que são amigáveis com quem tem o corpo marcado.

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O site Tattoo Friendly (toque qui para acessá-lo) lista mais de 600 hotéis, ryokan (pousadas), onsen (estância de águas termais), sento (casa de banho pública), academias, piscinas e praias em todo o país, classificando-os em o quão são abertos àqueles que têm tatuagens.

Os usuários têm à disposição um mapa e filtros no site para visualizar detalhes sobre cada local, com suas políticas sobre tatuagens variando de branda (“irrestrita” e “tatuagens cobertas aceitas” ) àquelas que são um pouco mais rígidas, com somente tatuagens menores ou tatuagens com “condições especiais” permitidas.

O site também tem colunas sobre tópicos como maneiras de se banhar e a história das tatuagens no Japão – que se esquiva delas há muito tempo devido a sua associação com a máfia japonesa, a yakuza.

Miho Kawasaki, administradora do site e ex-editora da extinta revista Tatto Burst, disse que ela estava motivada a estabilizar uma plataforma universal para turistas estrangeiros tatuados após ter recebido contato de vários com dúvidas sobre estâncias de águas termais que os aceitam.

Visto que alguns locais não indicam claramente suas políticas sobre tatuagem online, alguns visitantes disseram à ela que foram solicitados a não entrarem nas instalações de onsen de hotéis, por exemplo, somente após fazer o check-in.

Proibições aplicadas a visitantes tatuados em casas de banho públicas no país foram originalmente colocadas em vigor para negar a entrada de membros da yakuza, muitos dos quais têm tatuagens.

Contudo, Kawasaki disse que as tatuagens, as quais ganharam popularidade no mundo, são cada vez mais reconhecidas como formas legítimas de moda – uma mudança que poderá se tornar ainda mais clara com o aumento no número de turistas estrangeiros durante as Olimpíadas de Tóquio em 2020.

A visão das tatuagens também passou por uma transformação na indústria japonesa de viagem e lazer, disse Kawasaki, em meio a uma mudança no foco de grupos turísticos a um turismo mais personalizado e individual, com cada instalação competindo para atrair visitantes ao oferecer uma variedade de opções especiais.

Enquanto essa tendência cresce, a rígida e negativa reação àqueles com tatuagens não faz mais sentido, sugeriu Kawasaki.

“A cordialidade com tatuagens deveria ser uma das várias preferências individuais para amenidades, como a com pets ou acessibilidade para cadeirantes”, disse ela.

O site é operado por uma equipe de três membros, incluindo Kawasaki, que é desenvolvedora web e tradutora. Mas ela visa expandir o serviço no futuro ao adicionar mais destinos e artigos, assim como reviews de usuários. Ela também espera lançar versões em outras línguas, incluindo chinês.

“Espero que mais pessoas usem esse serviço e aproveitam suas estadas no Japão”, disse Kawasaki.

Fonte: Japan Times
Imagem: Banco de imagens

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