O governo japonês decidiu em 14 de junho proibir a reentrada de turistas estrangeiros com histórico de contas médicas não pagas, enquanto o problema se torna mais grave devido ao aumento no número de visitantes internacionais no arquipélago.
Uma em cada três instituições médicas no país que forneceram tratamento médico a turistas estrangeiros no ano fiscal de 2015 não conseguiram coletar pagamentos de pelo menos um deles, de acordo com o ministério da saúde.
Um grupo de trabalho sob administração do governo que vem discutindo o problema incluiu a nova política no plano geral de medidas divulgado em 14 de junho.
A previsão é que eles concluam o sistema dentro do ano fiscal de 2018, o qual vai veicular informação sobre aqueles que não pagaram suas despesas médicas, com a meta de iniciar o novo sistema no ano fiscal de 2019.
Lista de vigilância
O ministério da saúde está planejando coletar dados de tais estrangeiros ao pedir a hospitais em todo o país que forneçam uma lista e transmitirá a informação ao ministério da justiça. O ministério planeja verificar se turistas estrangeiros que solicitarem entrada para o Japão estão na listagem de vigilância.
O valor de contas médicas não pagas que servirá como critério para proibir a reentrada será determinado ao considerar as regras de outros países e a gravidade da questão no Japão. Por exemplo, na Grã-Bretanha, o valor de débito médico para negar a reentrada de um visitante é de aproximadamente 660 dólares (73.400 ienes).
De acordo com o ministério da saúde, 35% das 1.378 instituições médicas em todo o país que atenderam turistas estrangeiros sofreram prejuízos devido a custos de tratamento não pagos no ano fiscal de 2015.
O governo vem discutindo a questão para que hospitais do país continuem fornecendo tratamento médico adequado ao crescente número de visitantes estrangeiros que ficam doentes repentinamente ou sofrem ferimentos.
As medidas também abrangem promoções através de missões diplomáticas para encorajar turistas estrangeiros a fazerem algum tipo de seguro viagem antes de visitarem o Japão.
Além disso, o ministério da saúde decidirá sobre as tarifas para tratamento médico que poderão ser cobradas de estrangeiros que não estão cobertos pelo seguro nacional de saúde.
Adicionalmente, serviços expandidos serão fornecidos para pacientes que não falam japonês. Tais planos também foram incluídos no plano geral de medidas.
Dispositivos como tablets, através dos quais as instituições médicas podem orientar estrangeiros desde a chegada ao pagamento, serão distribuídos aos hospitais a partir do ano fiscal de 2019.
Para intérpretes médicos, é provável que um sistema de certificação seja introduzido para que um certo nível de qualidade em tradução seja garantido.
Fonte: Asahi, Mainichi Imagem: Banco de imagens