O Secretário Adjunto do Chefe de Gabinete Yasutoshi Nishimura se pronunciou no dia seguinte ao anúncio das políticas básicas para aceitação de estrangeiros como trabalhadores. Shinzo Abe declarou que espera aumentar em pelo menos 500 mil o número de trabalhadores estrangeiros, até 2025. A proposta ficou conforme tinha sido anunciada anteriormente em maio (leia a matéria tocando aqui).
Diante dessa política em que o estagiário técnico poderá renovar o visto por mais 5 anos, podendo permanecer por 10 anos no Japão, Nishimura enfatizou “é diferente da política de imigração”.
“Mesmo promovendo a melhoria da produtividade e a garantia de recursos humanos dentro do país, está cada vez mais séria a questão da falta de mão de obra. Nos setores específicos onde há mais necessidade vamos aceitar recursos humanos estrangeiros em prol da manutenção e do desenvolvimento”, afirmou em coletiva de imprensa na quarta-feira (6).
Prosseguiu afirmando que “a partir de agora vamos trabalhar nos detalhes do plano e na forma da aceitação”.
Nishimura disse que o governo “não pretende aceitar trabalhadores estrangeiros e suas famílias sem determinar o tempo. A criação do status de residência é diferente da política de imigração”, reiterou.
Um em cada 50 trabalhadores é estrangeiro
O governo estabelecerá o conhecimento do idioma japonês, mínimo do nível 4 do Teste de Proficiência da Língua Japonesa, como condição para obtenção do novo visto.
A população dos trabalhadores no Japão é de cerca de 66 milhões de pessoas. Até o final de outubro de 2017, havia cerca de 2,7 milhões de trabalhadores estrangeiros. Um em cada 50 trabalhadores é o que vem de fora.
A população em idade produtiva de 15 a 64 anos deverá diminuir em aproximadamente 15 milhões de pessoas em 2040 em comparação a 2018.
O novo visto tem como pano de fundo o temor da falta da força de trabalho no Japão.
Fontes: NHK, Sankei Biz, Nikkei e Nishi Nippon
Fotos: NHK e Nikkei