Um novo vídeo surgiu na sexta-feira (6) do jornalista japonês Jumpei Yasuda, que foi raptado por um grupo armado na Síria há pouco mais de três anos enquanto fazia uma cobertura sobre a guerra civil sangrenta do país.
No vídeo, com data de 17 de outubro de 2017, Yasuda, de 44 anos, diz em inglês que ele está “bem” e espera que sua família também esteja e que deseja vê-los em breve.
“Eu só quero ver vocês”, diz ele calmamente para a câmera. “Espero que seja logo”.
Questionado sobre o vídeo durante uma conferência de imprensa periódica, o secretário-chefe de Gabinete Yoshihide Suga disse que o governo estava ciente sobre a notícia e que estava trabalhando através de todas as rotas disponíveis para garantir a segurança de cidadãos japoneses, mas se recusou a dar detalhes sobre o caso.
O vídeo, obtido e reportado em primeira mão pela Nippon Television Network, é a primeira imagem conhecida de Yasuda desde uma em maio de 2016 a qual mostrava ele com uma longa barba e vestindo uma roupa laranja, comumente usada por reféns mantidos pelo grupo do Estado Islâmico, antes de eles serem decapitados.
A imagem de 2016, em que ele segura uma placa em japonês escrito “Por favor, ajude-me. Esta é a última chance”, foi amplamente vista como uma mensagem ao governo.
O grupo disse na época que Yasuda seria mantido pelo Estado Islâmico a menos que o governo japonês começasse as negociações dentro de um mês.
De acordo com a reportagem, pode-se ouvir Yasuda dizendo para a câmera, “Não esqueçam de mim” e “Não desistam” (em garantir minha libertação)”, divulgou a Nippon Television.
No que provavelmente parece ser uma outra tentativa de pressionar o governo japonês, a reportagem também citou uma fonte que tem contato com o grupo que detém Yasuda dizendo que esta semana a saúde dele piorou e que sua “presente condição estava muito ruim”.
O jornal Japan Times não pôde ver o vídeo independentemente ou confirmar a declaração da fonte, mas um sírio que havia afirmado ser um mediador para negociar a libertação de Yasuda em junho de 2016 e posteriormente disse que havia encerrado seu envolvimento no caso, publicou uma foto do vídeo na sexta-feira e confirmou o conteúdo.
Yasuda está alegadamente sendo mantido por um braço de Jabhat Fatah al-Sham, um grupo militante conhecido antigamente como Jabhat al-Nursa, ou Frente Nursa, ligado à al-Qaida. O grupo estaria buscando um resgate de 10 milhões de dólares (1,1 bilhão de ienes).
O jornalista japonês desapareceu após ter entrado na Síria a partir da vizinha Turquia em junho de 2015. Imagens de vídeo em que ele aparece lendo uma mensagem direcionada a sua família também foi publicado no Facebook em março de 2016.
Fonte: Japan Times Imagem: News 24