União Europeia e Japão assinam acordo de livre-comércio

Atualmente, empresas na UE exportam todos os anos mais de $100 bilhões em produtos e serviços ao Japão.

Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu (à esq.), primeiro-ministro japonês Shinzo Abe (centro) e Jean-Claude Juncker, líder da Comissão Europeia (à dir.) – NHK

Após anos de negociações, a UE- União Europeia e o Japão assinaram em Tóquio um dos maiores acordos de livre-comércio do mundo, cobrindo cerca de um terço do PIB- Produto Interno Bruto global e 600 milhões de pessoas.

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O primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe participou de uma cerimônia na tarde de terça-feira (17) com o presidente do Conselho Europeu Donald Tusk e o líder da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker.

A medida se contrasta bruscamente com as ações realizadas pela administração de Trump, que introduziu tarifas de importação exorbitantes.

O líder da Comissão da UE, Jean-Claude Juncker, disse que o acordo destacou as soluções “vantajosas para ambas as partes” oferecidas pelo livre-comércio.

“O impacto do acordo de hoje vai bem além de nossas fronteiras. Juntos estamos realizando, ao assinar juntos, uma declaração sobre o futuro do comércio livre e justo”, disse Juncker.

Uma das maiores exportações da UE ao Japão é a de produtos laticínios, enquanto a do país asiático para o bloco europeu é a de carros.

A EPA – Acordo de Parceria Econômica, pediu ao Japão e à UE que removam as tarifas na maioria dos produtos de cada uma em fases.

Tarifas dos EUA

Há cerca de 18 meses, os EUA estavam realizando discussões com o Japão e outros países asiáticos sobre um acordo de livre-comércio de ampla faixa, o Trans-Pacífico, mas Donald Trump se retirou deste em uma de suas primeiras medidas após se tornar presidente.

Desde então, sua política de “América Primeiro” introduziu tarifas em uma ampla faixa de itens, incluindo aço, o qual tanto o Japão quanto a UE exportam para os EUA.

Atualmente, empresas na UE, a maior zona de livre-comércio do mundo, exportam todos os anos mais de $100 bilhões em produtos e serviços ao Japão.

“Em uma época quando medidas protecionistas estão ganhando força globalmente, o acordo assinado pela UE e Japão hoje mostrará ao mundo mais uma vez nossa vontade política inabalável para promover o livre-comércio”, disse o ministro japonês para Revitalização da Economia, Toshimitsu Motegi.

Fonte: BBC, NHK
Imagem: NHK

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Tragédia da chuva histórica: 223 mortos e mais de 4 mil desabrigados

Publicado em 18 de julho de 2018, em Informações

A cada dia aumenta o número das vítimas fatais por causa da chuva torrencial do oeste do Japão, desde 5 deste mês.

Marcas dos deslizamentos nas encostas provocados pela chuva torrencial, em Kure, e mãe esperançosa de encontrar o filho, em Hiroshima (Mainichi e Asahi)

Segundo informações da Agência Nacional de Polícia, até a manhã desta quarta-feira (18), subiu para 223 mortes, em 14 províncias do oeste do Japão.

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A província de Hiroshima foi a que mais teve vítimas fatais, com 112 pessoas. Foram 61 em Okayama, 26 em Ehime, 5 em Quioto, 3 em cada uma das províncias de Yamaguchi, Kochi e Fukuoka. Também 2 em cada uma das províncias de Hyogo, Saga e Kagoshima. Em Gifu, Shiga, Tottori e Miyazaki, cada província teve uma morte.

Ainda há desaparecidos em diversas localidades. Até quarta-feira ainda não foram encontradas 16 pessoas.

Estima-se que em 16 províncias sejam 4,8 mil pessoas desalojadas, vivendo em abrigos.

Sob sol ardido e calor superior a 30ºC, as pessoas trabalham na reconstrução de suas casas, estabelecimentos comerciais e na faxina do bairro.

As prefeituras vêm pedindo à população local e aos voluntários que depois de 20 minutos descansem 10 para evitar hipertermia.

Fontes: Mainichi e Chunichi 
Fotos: Mainichi e Asahi

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