O presidente dos EUA Donald Trump disse na segunda-feira (20) que outro encontro com o líder norte-coreano Kim Jong-un “é bem provável”, enquanto defende seus esforços para convencer Pyongyang a abandonar suas armas nucleares.
Em uma entrevista concedida à Reuters, Trump, que realizou uma reunião histórica com Kim em 12 de junho deste ano em Singapura, disse acreditar que a Coreia do Norte havia realizado medidas específicas para a desnuclearização, apesar de dúvidas difundidas sobre a disposição de Kim em abandonar seu arsenal.
Enquanto insiste que “muitas coisas boas estão acontecendo” com a Coreia do Norte, Trump se queixou que a China não estava ajudando como ela fez no passado por causa de sua disputa comercial com os EUA.
Trump, que fez face ao desafio norte-coreano assim que assumiu o poder em janeiro de 2017, disse que ele havia trabalhado na questão da Coreia do Norte por apenas três meses enquanto seus predecessores vinham trabalhando nisso há 30 anos.
“Eu interrompi os testes nucleares (da Coreia do Norte). Eu interrompi os testes de mísseis balísticos (da Coreia do Norte). O Japão está satisfeito. O que vai acontecer? Quem sabe? Veremos”, disse ele.
Na reunião em Singapura, Kim concordou em termos amplos trabalhar para a desnuclearização da península coreana, mas a Coreia do Norte não deu indicações se estava disposta a desistir de suas armas unilateralmente como exigido pela administração de Trump.
Trump disse que a reunião em Singapura foi um sucesso e foi mais longe ao dizer que a Coreia do Norte não representa mais uma ameaça nuclear.
Na entrevista, Trump deu créditos a sua “boa química” com Kim para abrandar um impasse nuclear que no ano passado aumentou os temores de uma nova guerra coreana.
Questionado se uma outra reunião com Kim estava no horizonte, Trump disse: “é bem provável que faremos, mas eu não quero comentar agora”, e não deu detalhes sobre o dia nem local.
Críticos dizem que Trump fez muitas concessões a Kim ao concordar em realizar a reunião primeiro e então suspender os exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul enquanto ganhou pouco em troca.
Fonte: Reuters Imagem: CNN