Um painel do governo japonês iniciou discussões na terça-feira (11) sobre como lidar com repercussões na área metropolitana de Tóquio se o Monte Fuji entrar em erupção, já que a queda de cinzas vulcânicas pode deixar a capital em caos.
O Monte Fuji, o pico mais alto do Japão com 3.776m de altura e a cerca de 100Km da central de Tóquio, é um vulcão ativo com um histórico de grandes erupções.
O Conselho Central de Gestão de Desastres vai avaliar a velocidade e extensão em que as cinzas poderão cair, além de sua influência sobre a infraestrutura de transporte e fornecimento de energia e água, no caso de uma erupção do Monte Fuji, um dos destinos mais populares do Japão.
O grupo de trabalho composto por 14 membros no conselho, liderado por Toshigutsu Fujii, professor emérito na Universidade de Tóquio, visa elaborar uma proposta dentro de um ano que provavelmente vai refletir nos planos de gestão de desastre de municípios locais.
Vários cenários serão avaliados pelo grupo, refletindo o volume de cinzas vulcânicas, direção do vento e extensão da erupção, usando referências de erupções anteriores do Monte Fuji que remontam ao ano 1707.
O grupo também vai avaliar se uma estimativa anterior feita por outro painel do governo é apropriada, a qual diz que até 10cm de cinzas vulcânicas poderiam se acumular em Tóquio no caso de uma erupção.
Medidas para descartar e armazenar cinzas vulcânicas originárias da erupção também serão discutidas pelo grupo.
De acordo com registros históricos, a erupção do Monte Fuji em 1707 durou por 16 dias, acumulando 4cm de cinza vulcânica onde é hoje a central de Tóquio. A montanha não entrou em erupção desde então, sem sinais de atividade vulcânica desde os anos 1960.
Fonte: Kyodo Imagem: Wikimedia