Com o avanço do aquecimento global há 1,1 bilhão de pessoas que correm risco de morrer por não terem aparelho de ar-condicionado. Foi o que mostrou o relatório da Organização das Nações Unidas-ONU, divulgado no final do mês de setembro, mostrando as consequências como a morte por causa da onda de calor no verão.
Além de proteger a vida humana serve também para o armazenamento seguro dos medicamentos, apontou a ONU em relação ao ar-condicionado.
O resfriamento se torna indispensável à medida que o aquecimento global se torna cada vez mais severo. Enfatiza que ele deveria ser usado igualmente em todos os países.
O relatório mostra a desigualdade no mundo. No total foram 52 países pesquisados. São 9 os países que concentram os 1,1 bilhão de pessoas que vivem sem ar-condicionado.
Entre eles estão a Índia, Nigéria e Brasil. São 470 milhões de pessoas vivendo em áreas rurais pobres, sem alimentos seguros e sem acesso aos medicamentos. São estimadas 630 milhões de pessoas vivendo em favelas urbanas, onde as ondas de calor não podem ser evitadas.
Em Karachi, no Paquistão, mais de 60 pessoas morreram devido ao calor com temperatura superior a 40ºC, no mês de maio. Nenhuma delas tinham refrigeração em casa.
Com o progresso do aquecimento global, a Organização Mundial de Saúde-OMS aponta que anualmente, no verão, 40 mil idosos poderão perder a vida no mundo.
Fonte: Nikkei Shimbun
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