Um atirador, o qual pode ter iniciado calúnias e retóricas anti-semitas na mídia social, invadiu uma sinagoga em Pittsburgh no sábado (27) e abriu fogo, matando 11 pessoas em um dos ataques mais mortais contra judeus na história dos EUA.
O ataque que durou 20 minutos na sinagoga da congregação Tree of Life no bairro de Squirrel Hill deixou outros seis feridos, incluindo quatro oficiais da polícia que foram enviados ao local, disseram autoridades.
O suspeito Robert Bowers, de 48 anos, trocou tiros com a polícia e foi atingido várias vezes. Ele foi internado e sua condição é estável.
O tiroteio em massa ocorreu em meio a uma erupção de ataques de alto perfil em um país que está cada vez mais dividido, um dia após um homem na Flórida ter sido preso e acusado por enviar uma série de pacotes-bomba a democratas notáveis e um pouco mais de uma semana antes das eleições de meio mandato.
As mortes também reabriram imediatamente o debate nacional de longa data sobre armas. O presidente Donald Trump disse que o resultado poderia ter sido diferente se a sinagoga “tivesse algum tipo de proteção” de uma guarda armado, enquanto o governador democrata da Pensilvânia, Tom Wolf, observou que mais uma vez “armas perigosas estão colocando nossos cidadãos no caminho do mal”.
O tiroteio em massa causou um alarme imediato nas comunidades judaicas em todo o país. Autoridades nas cidades de Nova York, Chicago e de outros lugares aumentaram a segurança em centros judaicos.
Bowers, que aparentemente não tem histórico criminal, demonstrou opiniões virulentamente anti-semitas em um site de mídia social chamado Gab, de acordo com uma revisão da Associated Press de uma versão arquivada dos posts feitos sob seu nome.
A foto de capa de sua conta destacava um símbolo neo-nazista e seus posts recentes incluíam imagens de um forno ardente, como aqueles usados nos campos de concentração nazistas para cremar judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Fonte: Mainichi Imagem: ANN