Sacerdote do controverso santuário Yasukuni renuncia após fazer críticas ao imperador Akihito

O sacerdote criticou o imperador Akihito e outros membros da família imperial porque eles se mantiveram afastados do Yasukuni.

O Santuário Yasukuni anunciou a renúncia de Kunio Kohori, de 68 anos, em uma declaração divulgada em 10 de outubro (Wikimedia/Wiiii)

O chefe sacerdote do Santuário Yasukuni renunciou após acusar o imperador Akihito de tentar “esmagar” a instalação religiosa ao se recusar a visitar e honrar os mortos em guerra que são homenageados no local.

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O santuário xintoísta que fica no distrito de Chiyoda (Tóquio) anunciou a renúncia de Kunio Kohori, de 68 anos, em uma declaração divulgada em 10 de outubro.

Kohori foi alvo de críticas após a revista semanal Shukan Post ter divulgado comentários feitos por ele durante uma reunião em junho com sacerdotes xintoístas e funcionários do santuário.

Ele criticou o imperador e outros membros da família imperial porque eles se mantiveram afastados do Yasukuni.

“Vocês não concordam que quanto mais o imperador se dedica a viajar (a antigos locais de batalhas) para consolar os espíritos dos mortos em guerra, mais ele vai se distanciar do Santuário Yasukuni?”, disse Kohori, de acordo com a revista. “Francamente, o imperador está tentando esmagar o Santuário Yasukuni”.

Kohori se tornou chefe sacerdote em março. Seu sucessor será escolhido em uma reunião geral do santuário em 26 de outubro (ANN)

Kohori também manifestou preocupação do que irá acontecer após a abdicação de Akihito em abril do próximo ano, quando o príncipe herdeiro Naruhito assumir o trono, de acordo com a revista.

“Vocês acham que o príncipe visitará o santuário após ele se tornar o novo imperador? Ela, que vai se tornar a imperatriz (a princesa Masako), abomina o xintoísmo e santuários”, disse a revista citando Kohori.

A revista, a qual diz ter obtido a gravação de áudio da reunião que durou quase duas horas, publicou os comentários de Kohori na edição combinada de 12 a 19 de outubro.

Pedido de desculpas e renúncia

Na declaração, o santuário reconheceu a veracidade da publicação da revista, dizendo que a gravação das palavras “extremamente inapropriadas” do chefe sacerdote havia vazado.

A declaração também informou que Kohori visitou a Agência da Casa Imperial para pedir desculpas por seus comentários e transmitir sua intenção de renunciar.

Kohori se tornou chefe sacerdote em março. Seu sucessor será escolhido em uma reunião geral do santuário em 26 de outubro.

Akihito nunca visitou o Yasukuni

Países vizinhos consideram o santuário como símbolo do militarismo japonês e agressão principalmente porque 14 criminosos de guerra classe-A da 2ª Guerra Mundial são consagrados no local junto aos os mortos em guerra da nação.

O santuário foi fundado em 1869 pelo governo Meiji. Após os criminosos de guerra terem sido consagrados em Yasukuni no ano de 1978, o pai de Akihito, Hirohito, postumamente conhecido como imperador Showa, encerrou as peregrinações ao santuário.

Visitas de políticos japoneses ao santuário, como a do primeiro-ministro Shinzo Abe, inevitavelmente provocam fúria na China e na península coreana.

Akihito, que se tornou imperador em 1989, nunca visitou Yasukuni.

Contudo, ele e a imperatriz Michiko viajaram a vários antigos locais de guerra, incluindo Hiroshima, Nagasaki e Okinawa, para homenagear pessoas que perderam suas vidas na 2ª Guerra Mundial.

Eles também visitaram campos de batalha em Saipan, Palau e nas Filipinas para honrar aqueles que morreram em combate.

Uma questão crucial para o Santuário Yasukuni é se Akihito visitará o local antes de sua abdicação.

Fonte: Asahi
Imagem: ANN, Wikimedia

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