A contratação de mulheres, idosos e estrangeiros deve ser encorajada para lidar com a insuficiência de mão de obra (imagem ilustrativa)
O Japão sofrerá uma escassez de 6.44 milhões de trabalhadores em 2030, tornando vitais os aumentos salariais, mais suporte para cuidados de crianças e outras reformas trabalhistas a fim de garantir uma força de trabalho estável, de acordo com uma pesquisa conjunta, divulgada em 23 de outubro, realizada pelo Persol Research and Consulting e pela Universidade de Chuo.
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O número se iguala a cerca de 5% da população total do país em 2017, e marcaria um aumento de cinco vezes em comparação ao 1,21 milhão daquele ano, uma escassez prevista pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar.
A contratação de mulheres, idosos e estrangeiros deve ser encorajada para lidar com a insuficiência de mão de obra do Japão, disseram o Person e a Chuo.
A curva em M, a qual mostra como a empregabilidade diminui entre as mulheres que têm filhos pequenos, está acabando, disse a chefe de pesquisa do Persol, Chiaki Tai. “Podemos acrescentar 1 milhão de trabalhadores se eliminarmos essa tendência”.
Um aumento de 1,02 milhão de trabalhadores pode ser esperado se mais 1,16 milhão de crianças forem aceitas em centros de cuidados infantis, frisou ela.
Estender a idade de aposentadoria e outras medidas destinadas aos idosos poderiam acrescentar 1,63 milhão de trabalhadores, indicaram os resultados da pesquisa.
O número inclui 220 mil homens e 1,41 milhão de mulheres, sugerindo mais oportunidade de trabalho para o público feminino. Além disso, 810 mil trabalhadores estrangeiros poderiam ser somados se o governo seguir em frente com seu programa para aceitar mais trabalhadores do exterior.
As medidas mencionadas na pesquisa poderiam acrescentar até 3,46 milhões de mulheres, idosos e estrangeiros à pesquisa de trabalho, mas mesmo assim cobriria pouco mais de 50% da escassez projetada. Avanços em IA- inteligência artificial e outras tecnologias poderiam compensar o restante, disse Masahiro Abe, professor de economia na Chuo.
A escassez de trabalhadores pode afetar de forma adversa a economia do país. No ano fiscal de 2017, 114 empresas faliram por falta de mão de obra, marcando um ano de aumento pelo quarto ano consecutivo, descobriu um estudo realizado pela Teikoku Databank.
Fonte: Nikkei
Imagem: Banco de Imagens