A Apple sinalizou demanda desanimadora para o novo iPhone XR, pedindo às suas principais fornecedoras, a Foxconn e a Pegatron, que interrompam planos para linhas de produção extra dedicadas ao modelo relativamente econômico que chegou às prateleiras no fim de outubro, disseram fontes.
“Para o lado da Foxconn, ela primeiro preparou cerca de 60 linhas de montagem para o modelo XR da Apple, mas recentemente usa apenas 45, visto que sua principal cliente diz que ela não precisa fabricar tantos por enquanto”, disse uma fonte familiar à situação.
Isso significa que a Foxconn, a empresa taiwanesa operada como Hon Hai Precision Industry, produziria cerca de 100 mil unidades a menos diariamente para refletir o novo panorama de demanda – queda de 20 a 25% da perspectiva otimista original, disse a fonte.
A Pentagron enfrenta uma situação similar, suspendendo planos de aumentar a produção e está aguardando instruções adicionais da Apple, disse uma fonte da rede fornecedora.
A Apple, a empresa de smartphones que mais tem lucros no mundo, tinha grandes expectativas de que o iPhone XR estimularia os envios neste ano. Esse modelo low cost estreou juntamente com o XS e o top de linha XS Max.
Mesmo assim, a empresa de tecnologia com sede na Califórnia, EUA, ao invés disso, está solicitando mais dos modelos antigos iPhone 8 e iPhone 8 Plus, que são até 20% mais baratos que o preço inicial de 749 dólares do XR.
“As fornecedoras do iPhone 8 e iPhone 8 Plus estão recebendo um pedido combinado de aproximadamente cinco milhões a mais de unidades”, disse uma fonte.
Anteriormente, a Apple planejou 20 milhões de unidades para os modelos mais antigos do iPhone nesse semestre, mas aumentou o número para 25 milhões, disse a fonte.
A Foxconn é a principal fornecedora do iPhone 8 Plus, enquanto a Pegatron é a principal fornecedora do iPhone 8.
A Apple não respondeu a um pedido de comentário da Nikkei Asian Review. A Foxconn e a Pegatron se negaram a comentar.
A Apple também enfrenta um mercado de smartphones que amadurece rapidamente. Os envios mundiais, que caíram 0.1% em 2017 para a primeira queda ano a ano, poderão contrair novamente em 2018, segundo a empresa de pesquisa IDC.
Fonte: Nikkei Imagem: Banco de imagens