Difícil de escolher um onigiri dentre tantas opções, incluindo as sofisticadas (IT Media)
O onigiri ou oniguiri – tradicional bolinho de arroz do Japão – está em alta não só no Japão mas no mundo. O arroz que embrulha diversos ingredientes e embalados em formato triangular ou redondo, com ou sem folha de nori (alga), sacia a fome e nutre.
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Fruto da sabedoria dos ancestrais que podiam saboreá-lo frio (Flickr)
É perfeito para aqueles dias em que não tem tempo para cozinhar, está com pressa ou esqueceu a marmita em casa.
Novos sabores são lançados com frequência como o akuma no onigiri (悪魔のおにぎり), que foi um estouro de vendas. Com 13 dias desde seu lançamento em 16 de outubro, bateu 2,65 milhões de unidades vendidas. Casamento perfeito do sabor com o preço de ¥110 com imposto.
Akuma caiu no agrado imediatamente (Lawson)
Com tantas opções de sabores e recheios na prateleira fica até difícil de escolher. Desde os tradicionais com conserva de alga ou umê, a ameixa em conserva, aos mais inovadores, tem um que se mantém top há 20 anos.
Segredo do onigiri top de vendas
O jornal Sankei entrevistou o responsável do setor Senior Merchandiser do departamento de produtos diários da rede Lawson, Yohei Tsutsumi.
Na publicação de quinta-feira (15) começou explicando que o atum usado é da Hagoromo, misturado com maionese. Faz isso há 20 anos, desde que foi lançado. Onde entra o segredo?
Onigiri campeão invicto por mais de 20 anos, o de atum com maionese, cujo recheio é volumoso (Lawson)
Nas melhorias feitas pelo menos 2 vezes ao ano.
Por exemplo, nesse que está sendo vendido atualmente teve uma mudança em outubro. “Acrescentando mais gema à maionese, obtivemos um sabor mais acentuado com umami. Além disso, o recheio tem sido cada vez maior nos últimos anos, dobrando de volume”, explicou.
De fato, ao cortar um onigiri se vê a grande quantidade de recheio. No passado os ingredientes eram para dar um toque extra ao simples bolinho de arroz.
Umami é considerado o sexto sabor, descoberto pelo Japão, depois do doce, salgado, amargo, azedo e adstringente.
Como se faz melhoria no sabor
Para a rede Lawson, promover melhoria no sabor vem do olhar atento à reação dos consumidores.
“Por exemplo, mudamos o sabor na primavera-verão e no outono-inverno. Nas estações mais quentes são adicionados mais sal ou suco de limão. Quando o tempo esfria convém acentuar o sabor da maionese”, explicou.
Revolução do onigiri
Quando o onigiri de atum com maioneses foi lançado há 20 anos muitos dos clientes acharam uma heresia ou charlatanismo, revela. Afinal, a tradição era de konbu ou ume. Mas o paradigma foi quebrado e esse caiu no agrado dos jovens. Foi uma revolução nos sabores.
E a tendência continua segundo Tsutsumi. “São da faixa etária dos 20 aos 30 anos, pois gostam de sabores firmes e acentuados”, pontua.
Ranking dos mais vendidos
De acordo com Tsutsumi o ranking dos últimos 20 anos quase não se alterou, em relação aos recheios.
Em segundo e terceiro lugares, a briga sempre fica entre os de salmão. O desfiado (あらほぐし焼さけ) que custa ¥140 ou com a parte nobre do salmão assado (焼さけハラミ) combinado com arroz especial de Niigata, o qual custa ¥198. Esse peixe é um dos que mais combina com o arroz, explicando a preferência dos consumidores.
Apesar de parecer que konbu e ume agradariam somente as pessoas com mais idade, há uma tendência de alimentos mais saudáveis, por isso esses dois recheios continuam disputando o quarto e quinto lugares, explica.
Até mesmo os tradicionais como ‘konbu’ e ‘ume’ ficam mais sofisticados no sabor (divulgação)
E em sexto lugar vem o mentaiko (めんたいこ ou 明太子), ovas de peixe conservadas no sal ou karashi mentaiko (辛子明太子), acrescido de pimenta.
Mentaiko pode ser simples, assado ou com pimenta, mas mantém sua 6.ª posição (divulgação)
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Fonte: Sankei
Fotos: Lawson